DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil pode, tecnicamente, prescindir da ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional) em 2004. Projeções de técnicos do Banco Central indicam que o país conseguiria fechar suas contas externas sem o auxílio da instituição multilateral. Mas não sem correr riscos.
Estimativas preliminares do BC apontam para a necessidade de US$ 30 bilhões em 2004 para o equilíbrio das contas externas. Desse valor, US$ 5 bilhões seriam devidos a um resultado negativo no saldo das transações de bens e serviços do Brasil com outros países. Os US$ 25 bilhões restantes viriam de vencimentos e juros da dívida externa previstos para o ano que vem.
Para fechar essa conta, o país receberia US$ 12,6 bilhões de investimentos diretos e tomaria US$ 17,4 bilhões de empréstimos externos, divididos entre o setor público e o privado.
No começo deste ano, o governo chegou a projetar investimentos diretos em 2003 de US$ 16 bilhões. Depois de várias revisões, a estimativa atual está em US$ 10 bilhões. Uma nova crise financeira internacional poderia levar os investidores estrangeiros a preferir não emprestar para o Brasil, como no ano passado. Assim, o dinheiro do Fundo poderia ser uma boa segurança.


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