|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Mentor afirma ter feito "estratégia de investigação"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Procurado ao longo de toda a
semana passada, o relator da
CPI do Banestado, José Mentor
(PT-SP), chegou a marcar uma
entrevista com a Folha para as
16h da última quinta-feira, em
seu gabinete na Câmara, para
falar sobre sua atuação na comissão, mas sua assessoria desmarcou-a, sob alegação de conflitos na agenda.
Na mesma quinta-feira, a assessoria informou que Mentor
voltaria a manter contato para
remarcar a entrevista, mas isso
não havia ocorrido até a noite
da última sexta-feira.
Mentor alegou em outras
oportunidades, quando questionado sobre seu comportamento na CPI, que tinha uma
"estratégia de investigação" e
não "pinçava nomes". Afirmou, em cartas enviadas à imprensa, que sua investigação
iria até o fim, mas não cometeria injustiças.
Durante o debate sobre a
convocação do doleiro Toninho da Barcelona, em sessão da
CPI, Mentor voltou a dizer: "A
relatoria tem uma linha de investigação e uma proposta de
cronograma e ficaria numa situação realmente delicada e
não produtiva se Vossa Excelência [senador Antero Paes de
Barros, presidente da CPI do
Banestado] entender de forma
diferente ou propuser outro
encaminhamento".
Sobre os dois cheques de R$
60 mil emitidos por Rogério
Tolentino, sócio e advogado do
publicitário mineiro Marcos
Valério Fernandes de Souza, o
deputado federal divulgou
uma nota, à época da revelação,
na qual afirmou que os pagamentos eram relacionados à
prestação de serviços de consultoria advocatícia.
Antônio Celso Cipriani, ex-presidente da Transbrasil, enviou uma longa carta à CPI, na
qual se defendeu das acusações
de supostas irregularidades e
acusou ser vítima de uma concorrência desleal.
Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, negou,
em diferentes oportunidades
ao longo de 2004, ter realizados
operações financeiras irregulares no exterior. Paulo Maluf,
em diversas cartas desde 2002,
afirmou não movimentar ou
manter recursos no exterior. O
doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona,
pediu para ser ouvido pela CPI
dos Correios e negocia uma delação premiada com o Ministério Público Federal.
À época da divulgação das
operações detectadas pela CPI
do Banestado, o empresário de
Santo André Ronan Maria Pinto afirmou, por meio de carta
divulgada pela sua assessoria
de imprensa, que não pode ser
responsabilizado pelas operações financeiras realizadas no
Uruguai pela empresa Roanoake, antiga sócia sua numa empresa de transporte coletivo de
Cuiabá (MT).
O publicitário de Lula em
2002, Duda Mendonça, negou
na semana passada, por meio
de sua assessoria jurídica, que
tenha realizado operações irregulares ou recebido recursos de
doleiros no esquema do MTB
Bank de Nova York.
A assessoria do Banco Rural
informou, a respeito dos empréstimos contratados pelo PT
e pelo empresário de publicidade Marcos Valério Fernandes
de Souza, que as operações seguiram as leis do mercado.
(RV)
Texto Anterior: Doleiros Próximo Texto: Escândalo do "mensalão"/Novas conexões: CPI vai investigar supostas transações em dólares do PT Índice
|