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OUTRO LADO
Fonteles prevê "balanço" só em dezembro
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Federal
informou que o procurador-geral
da República, Claudio Fonteles,
só fará um balanço de sua gestão
em dezembro. A extinção do grupo de combate à lavagem de dinheiro foi atribuída à "falta de resultados práticos" e à criação de
varas especializadas nesse tipo de
crime. "Esse trabalho deve ser feito em cada procuradoria da República nos Estados", informou a
assessoria de Fonteles.
O subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil, José Antônio
Dias Toffoli, diz que "a OAB arquivou uma representação de
igual conteúdo, pois não há nenhum impedimento nem falta de
ética". Ele enviou certidão em que
a OAB/DF afirma que Toffoli não
sofreu nenhuma punição disciplinar, e que "está impedido de advogar apenas contra a Fazenda
Pública que o remunera, ou seja, a
União Federal".
A assessoria do Ministério da
Justiça informa que "o presídio de
segurança máxima de Brasília
ainda não foi licitado, e o governo
federal não pretende dispensar a
licitação". A construção do presídio em Mato Grosso do Sul foi
suspensa, devido a questionamentos do MPF.
A concorrência para confecção
de passaportes foi anulada pela
comissão especial de licitação e a
consultoria jurídica do ministério, que apontara problemas, examina recurso da Itautec.
Contratação
Sobre a contratação de pessoal
terceirizado pela Polícia Federal, o
MPF questionou a empresa pelo
descumprimento da cota de deficientes. "Isso ocorria na gestão
anterior, no governo passado",
informa a assessoria.
A assessoria do Ministério das
Comunicações informa que as
nomeações nos Correios basearam-se em normas editadas pela
empresa em 1995. "A legalidade
de uma dessas normas é questionada pelo MPF e, portanto, merece o exame acurado e respeitoso
da ECT". A recomendação do
MPF está sendo analisada pelo
departamento jurídico da ECT.
A assessoria do Ministério da
Previdência informa que, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União, o INSS
realizou, em fevereiro, concurso
público para substituição de terceirizados. "O INSS não realizava
concurso havia 18 anos e não tem
mais funcionários terceirizados".
O ministério entende que a seleção de gerentes-executivos do
INSS "é de livre provimento do
Executivo" e que o "processo de
seleção deveria ser preservado e
aprimorado". Apenas servidores
de carreira ocuparão esses postos.
Segundo a assessoria, o MPF
não apura irregularidades eventualmente cometidas pelo corregedor-geral do INSS, no cargo
desde 2001. Há representação
protocolada por um advogado,
mencionando que o corregedor-geral teria arquivado um processo
administrativo sem ter a competência. O processo foi arquivado
pelo auditor-geral à época.
A assessoria do Ministério do
Planejamento informou não dispor de detalhes sobre as investigações preliminares de suposta improbidade administrativa envolvendo patrimônio da União. O
funcionário envolvido não faz
mais parte do quadro da Secretaria do Patrimônio da União, bem
como o então titular do órgão.
O Ministério das Relações Exteriores não se manifestou.
(FV)
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