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Governo avalia
a hipótese de renúncia coletiva
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A hipótese de renúncia coletiva dos ministros é analisada
pela cúpula do governo como
forma de facilitar a alteração de
equipe que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva pretende
realizar até o final do ano. Os
ministros petistas e mais ligados ao presidente seriam os
primeiros a tomar a decisão, a
fim de criar o clima para que os
ministros de partidos aliados se
unam a eles num pedido coletivo de demissão.
A Folha apurou que a idéia
foi dada no meio do ano pelo
ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, em conversa
com o ministro-chefe da Casa
Civil, José Dirceu. Na ocasião,
discutia-se uma forma de integrar o PMDB ao ministério e de
realizar uma troca no primeiro
escalão. Hoje, das 35 pessoas
com status de ministro, pelo
menos 19 são petistas.
Segundo auxiliares, Lula continua fechado, evitando conversas mais detalhadas sobre a
reforma ministerial. O que ele
diz abertamente é que pretende
modificar a área social.
Nesse contexto, perdeu ainda
mais força a ministra Benedita
da Silva (Assistência Social). A
viagem a Buenos Aires para
participar de um ato religioso
rendeu a ela um desgaste. Somado à perda do cargo com a
unificação dos programas sociais, anunciada oficialmente
ontem por Lula, o episódio a
coloca no topo da lista dos candidatos a sair.
O ministro José Graziano
(Segurança Alimentar e Combate à Fome) se recuperou, na
avaliação da cúpula do governo. Deve continuar como ministro extraordinário, implantando o programa Fome Zero.
O ministro dos Transportes,
Anderson Adauto já disse ao
presidente que pretende concorrer a prefeito no ano que
vem. Lula não faz questão de
mantê-lo no cargo. Avalia que
seu desempenho é fraco.
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