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São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 2003

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Governo avalia a hipótese de renúncia coletiva

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A hipótese de renúncia coletiva dos ministros é analisada pela cúpula do governo como forma de facilitar a alteração de equipe que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende realizar até o final do ano. Os ministros petistas e mais ligados ao presidente seriam os primeiros a tomar a decisão, a fim de criar o clima para que os ministros de partidos aliados se unam a eles num pedido coletivo de demissão.
A Folha apurou que a idéia foi dada no meio do ano pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Na ocasião, discutia-se uma forma de integrar o PMDB ao ministério e de realizar uma troca no primeiro escalão. Hoje, das 35 pessoas com status de ministro, pelo menos 19 são petistas.
Segundo auxiliares, Lula continua fechado, evitando conversas mais detalhadas sobre a reforma ministerial. O que ele diz abertamente é que pretende modificar a área social.
Nesse contexto, perdeu ainda mais força a ministra Benedita da Silva (Assistência Social). A viagem a Buenos Aires para participar de um ato religioso rendeu a ela um desgaste. Somado à perda do cargo com a unificação dos programas sociais, anunciada oficialmente ontem por Lula, o episódio a coloca no topo da lista dos candidatos a sair.
O ministro José Graziano (Segurança Alimentar e Combate à Fome) se recuperou, na avaliação da cúpula do governo. Deve continuar como ministro extraordinário, implantando o programa Fome Zero.
O ministro dos Transportes, Anderson Adauto já disse ao presidente que pretende concorrer a prefeito no ano que vem. Lula não faz questão de mantê-lo no cargo. Avalia que seu desempenho é fraco.


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