São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 2002 |
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PAINEL Primeiras provas As bancadas do PSDB e do PDT no Congresso decidiram em reuniões separadas ontem e anteontem condicionar o apoio para manter a alíquota de 27,5% do IR e aprovar outras fontes adicionais de receita para 2003, propostas pelo PT, à aprovação do salário mínimo de R$ 240. Criar problemas O PSDB pretende até trancar a votação da MP 66, que trata da minirreforma tributária, para forçar a análise das fontes adicionais de receita condicionadas ao novo salário mínimo. Os tucanos alegam que as novas receitas representam R$ 3,7 bilhões, a exata quantia necessária para elevar o mínimo. Aliados tucanos Ao saber que o PDT decidira o mesmo que os tucanos, Romero Jucá (PSDB-RR) ironizou: "A oposição está crescendo". Mas líderes pedetistas dizem que a decisão da bancada não é nenhuma "camisa-de-força" e que votarão com o PT mesmo que o salário mínimo seja outro. Aproveitar ao máximo A Comissão de Orçamento já encontrou recursos para elevar o mínimo para R$ 240, e não só para R$ 235, como divulgado ontem. Mas o PT não quer que isso venha a público agora. Prefere que a comissão fixe o salário em R$ 235 e, no ano que vem, Lula anuncie o valor maior. Antecipação petista Os recursos para o aumento do mínimo viriam da reestimativa de receitas provocada pela inflação, do aumento da Cide e da manutenção da alíquota de 27,5% do Imposto de Renda. O PT avalia que, se a comissão der o aumento de R$ 240, Lula será pressionado a aumentar ainda mais o valor em maio. Poupar o tempo De um líder do PPS, sobre a hipótese, considerada na sigla cada vez menor, de Ciro ser ministro: "Como a chance de isso [o ex-candidato no governo] terminar bem seria mínima, imagine o desgaste de indicar um ministro e ter de tirá-lo pouco tempo depois. É um absurdo". Resistência desempregada Preocupado com o assédio dos petistas por vagas no governo, um grupo de fundadores do PT em Minas Gerais decidiu criar um fórum com o sugestivo nome de "Como auxiliar o governo Lula sem cargos". Fardo antigo FHC aconselhou Lula a não apoiar José Sarney para a presidência do Senado. O tucano contou que "sofreu muito" quando o ex-presidente comandou o Legislativo, entre 95 e 96. Morde e assopra As bancadas eleitas pelo PMDB se reunirão com Michel Temer na próxima semana. O presidente da sigla vai anunciar que a legenda está disposta a apoiar Lula. Com isso, tenta enfraquecer a pressão de Sarney pelo afastamento da cúpula. Resposta estimulante José Dirceu ironizou ontem o conselho dado por Palocci Filho para que ele tomasse o calmante "Maracujina". Disse que passou o fim de semana na praia, onde tomou caipirinha de maracujá. Pedaços do latifúndio Integrantes de um dos partidos aliados reunidos anteontem com Dirceu ficaram com a impressão de que os apoiadores do governo Lula poderão ter não ministérios, mas apenas cargos na Mesa Diretora da Câmara. Mera coincidência José Genoino, cotado para órgãos na área de segurança, receberá no dia 28 a Medalha do Mérito do Ministério da Defesa. Futuro sombrio Francisco Fausto, presidente do TST, sugerirá a Lula que as centrais sindicais fiscalizem as relações de trabalho que vierem a ser flexibilizadas: "Sem isso, entidades sindicais nada representativas poderiam transacionar, em proveito próprio, direitos dos trabalhadores". TIROTEIO De Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, sobre João Felício, presidente da CUT, ter defendido a "implosão" da estrutura sindical brasileira: - Depois que o PT virou governo, João Felício se transformou em uma mistura de Nero com Bin Laden. Com um ponto em comum: a destruição dos direitos dos trabalhadores virou uma obsessão para ele. CONTRAPONTO Óbvio ululante
Os três principais candidatos
ao governo de Sergipe na última
eleição foram o ex-governador
João Alves Filho (PFL), que se
elegeu no segundo turno, o senador José Eduardo Dutra (PT)
e o médico e ex-senador Francisco Rollemberg (PTN), que
acabou em terceiro lugar. |
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