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ABRE-ALAS
Policiais femininas integram, com seus maridos, grupo de batedores do petista na cidade
Mulheres abrem caminho de Lula na capital
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A passagem do presidente
eleito, Luiz Inácio Lula da Silva,
pelas ruas de Brasília começa e
termina sob o comando de duas
mulheres: Alynne Vale e Ângela
Antoneli, integrantes da equipe
de sete batedores da Polícia Rodoviária Federal destacada para
acompanhá-lo na cidade.
Há pouco tempo em Brasília, a
mineira Ângela, 28, é a "reguladora de velocidade". Ela fixou
em sua moto de 500 cilindradas
um adesivo das "Meninas Superpoderosas" -uma série de
desenho animado com três garotinhas heroínas, que todos os
dias salvam a cidade de Townsville de malfeitores.
Ela vai à frente da "cápsula", o
comboio que inclui carros da
Polícia Federal, responsável pela
segurança de Lula, e o veículo
que conduz o presidente eleito.
Quem fecha a comitiva, a "cerra fileira", é a piauiense Alynne,
31, que segura o fluxo de veículos
fazendo ziguezagues.
Por falta de efetivo -são 500
motociclistas em todo o Brasil e
apenas 24 destacados para servir
o Distrito Federal-, foram abolidas as funções de "alas" ou "janelas" para o comboio de Lula
-os policiais que seguem ao lado dos veículos das autoridades.
Os cinco batedores restantes,
chamados de "pontas", se antecipam à "cápsula", segurando o
fluxo rotineiro para a passagem
da caravana oficial. O grupo é de
alto nível. Todos são instrutores
da escola de batedores da Polícia
Rodoviária Federal.
Entre um percurso e outro,
Alynne, que segue à frente do
comboio de trança, e Ângela,
que fecha o trabalho do grupo
sempre de rabo de cavalo, aproveitam a missão para unir o "útil
ao agradável". Apaixonadas por
motos, adoram ser policiais e
são casadas com dois outros batedores do grupo: Cendon e Albino, respectivamente.
Alynne, eleitora de Lula, e Ângela, que justificou o voto, agora
querem um autógrafo do presidente, façanha já conseguida pelos maridos, que ganharam a assinatura de Lula na primeira visita do petista a Brasília depois
da eleição, quando suas mulheres ainda não integravam o grupo.
(ANDRÉA MICHAEL)
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