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Governadores
temem novo
salário mínimo
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Governadores eleitos do
Nordeste que farão oposição
ao governo Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) prevêem dificuldades em 2003 caso o reajuste do salário mínimo seja
muito elevado, como defendem seus próprios partidos.
Lúcio Alcântara (PSDB),
eleito no Ceará, diz que o Estado "tem uma margem pequena para crescer" em relação aos salários. "Estamos
quase no teto da Lei de Responsabilidade Fiscal [60%
dos gastos com folha]".
Eleito para governar a Paraíba, o também tucano Cássio Cunha Lima disse que
seu Estado está "quebrado".
O governador eleito da Bahia, Paulo Souto (PFL), diz
que "nenhum" servidor recebe menos de R$ 280 no Estado, mas esse valor inclui
benefícios que estão atrelados ao piso nacional. Um
grande aumento geraria um
"efeito cascata" de consequências não avaliadas.
João Alves Filho (PFL),
eleito em Sergipe, disse que
pretende elevar o mínimo
dos servidores para R$ 250,
mas o valor não está fechado. Em Pernambuco, o governo de Jarbas Vasconcelos
(PMDB) vai iniciar 2003 gastando 58% da receita com
salários, e, se o reajuste for
muito alto, o governo diz
que terá de cortar gastos.
Colaborou MAURO ALBANO, da
Agência Folha
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