São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 2002

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Governadores temem novo salário mínimo

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Governadores eleitos do Nordeste que farão oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevêem dificuldades em 2003 caso o reajuste do salário mínimo seja muito elevado, como defendem seus próprios partidos.
Lúcio Alcântara (PSDB), eleito no Ceará, diz que o Estado "tem uma margem pequena para crescer" em relação aos salários. "Estamos quase no teto da Lei de Responsabilidade Fiscal [60% dos gastos com folha]".
Eleito para governar a Paraíba, o também tucano Cássio Cunha Lima disse que seu Estado está "quebrado".
O governador eleito da Bahia, Paulo Souto (PFL), diz que "nenhum" servidor recebe menos de R$ 280 no Estado, mas esse valor inclui benefícios que estão atrelados ao piso nacional. Um grande aumento geraria um "efeito cascata" de consequências não avaliadas.
João Alves Filho (PFL), eleito em Sergipe, disse que pretende elevar o mínimo dos servidores para R$ 250, mas o valor não está fechado. Em Pernambuco, o governo de Jarbas Vasconcelos (PMDB) vai iniciar 2003 gastando 58% da receita com salários, e, se o reajuste for muito alto, o governo diz que terá de cortar gastos.


Colaborou MAURO ALBANO, da Agência Folha


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