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São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2003

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PAINEL

Melhor prevenir
Por questão de segurança, o Itamaraty retirou a Arábia Saudita do roteiro que Lula fará no Oriente Médio entre 2 e 10 de dezembro. A viagem incluirá Síria, Líbia, Líbano, Emirados Árabes Unidos e Egito, países com menor incidência de atentados.

Sob o véu
O governo decidiu vetar a presença de jornalistas mulheres na comitiva que acompanhará o presidente ao Oriente Médio. Argumenta que a cultura da região dificultaria o acesso das repórteres a diversos locais a serem visitados por Lula.

Tutela
Descontente com o noticiário negativo gerado por Ricardo Berzoini, Lula decidiu blindar a Previdência. O ministro deve ficar, mas homens de confiança do Planalto serão postos em secretarias importantes da pasta.

Bola da vez
Faixa colocada ontem por servidores na Esplanada dos Ministérios: "Lula, não deixe o Berzoini bater outro pênalti".

No rebote
O presidente, que, no jantar com a turma do Casseta & Planeta, chamara Parreira de "técnico de time pequeno", levou o troco em faixa estendida perto do Planalto: "Lula, o Parreira já foi campeão, você ainda não".

E agora?
Um profundo conhecedor dos modos do PFL enxerga um beco sem saída na crise Bornhausen x ACM. Observa que a cúpula do partido não tem força suficiente para expulsar o senador baiano. Ao mesmo tempo, recuar desse propósito deixará o catarinense em situação difícil.

Promessa oriental
Recém-chegado de Tóquio, Paulo Hartung (PSB-ES) comunicou a Lula que a empresa japonesa Marubeni está disposta a investir US$ 2 bilhões para construir refinaria no Espírito Santo em parceria com a Petrobras.

Fumaça branca
Caminha bem a negociação do "encontro de paz" entre Lula e Maurício Corrêa (STF). Será um jantar na casa do presidente do Senado, José Sarney. Além dos três, estará à mesa João Paulo (Câmara). A idéia é que a reunião aconteça antes da viagem presidencial ao Oriente Médio.

Martelo batido
O primeiro presídio federal do governo Lula será erguido em Campo Grande (MS). Cumpridas as exigências ambientais, a obra deverá começar em março, prevê Cláudia Chagas, secretária nacional de Justiça. Cidades no Paraná e na Bahia devem receber as penitenciárias seguintes.

Língua pátria
A delegação brasileira à reunião da Alca, em Miami, decidiu falar exclusivamente português -uma das línguas oficiais do encontro- na conferência e nas entrevistas coletivas. Até o chanceler Celso Amorim, fluente poliglota, ouve a pergunta em inglês e responde em português.

Não era sem tempo
Estado recordista em casos de trabalhadores escravos, o Pará lançará na semana que vem campanha contra a exploração dos fazendeiros. O ato inaugural será em Redenção, sul do Estado, município que lidera as estatísticas nacionais de escravidão.

Convite caseiro
O deputado federal João Lyra (PTB), pai de Tereza Collor, forçou sua entrada ontem no palanque de Lula em União dos Palmares, Alagoas. Principal usineiro do Estado, levou vaia do MST ao ter seu nome anunciado pelo cerimonial.

Visita à Folha
O embaixador Alberto Navarro, chefe de delegação da Comissão Européia no Brasil, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Humberto Netto, assessor de imprensa.

TIROTEIO

Do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), sobre ACM acusar Jorge Bornhausen de desviar recursos do caixa do PFL:
-É estranho ver o senador Antonio Carlos fazer acusações contra uma pessoa que conviveu politicamente com ele nos últimos 30 anos. A partir dessa acusação, há duas conclusões possíveis: ou ACM compartilhou da fraude ou se omitiu.

CONTRAPONTO

Fazendo escola

José Dirceu reuniu-se há uma semana com 20 deputados petistas na casa do presidente da Câmara, João Paulo Cunha. O objetivo do encontro era afinar o discurso de defesa do governo, alvo de ataques da oposição e, não raro, de aliados.
O ministro também comentou sua declaração da véspera a respeito da divisão de poderes na Casa Civil -"a parte administrativa vou deixar para o José, e a parte política, para o Dirceu".
Depois de ouvir João Paulo manifestar apoio irrestrito à política de Lula, Dirceu elogiou:
-Bom discurso. Acho que você já pode tranquilamente ir para a Casa Civil.
Bem-humorado, o presidente da Câmara usou os ensinamentos do ministro:
-Aceito o convite e nem preciso concentrar todos os poderes. A parte administrativa pode ficar com o João, e a parte política, com o Paulo.


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