|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Citados negam ter ligação com suposto esquema
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O delegado aposentado da
Polícia Federal Luiz Carlos
Zubcov disse ontem que agiu
dentro da legalidade na condução do inquérito -arquivado
há um ano- em que a Abifarma, hoje Febrafarma, foi investigada. "Não houve nenhuma
espécie de concessão. Todos os
laboratórios envolvidos foram
indiciados", disse.
Segundo Zubcov, o então
presidente da Abifarma, José
Eduardo Bandeira de Melo,
não foi indiciado porque a entidade era "só uma união dos laboratórios". Teria até recebido
elogios por sua "seriedade".
Por isso, depois de aposentado, foi convidado pela Febrafarma para prestar consultoria.
"Sempre fiz as coisas de acordo
com a lei. Aprendi a lidar apenas com a verdade. No Brasil,
existe um sistema legal e um
que funciona. Sempre agi de
acordo com o primeiro."
José Eduardo Bandeira de
Melo, presidente da Abifarma
até outubro de 2000, afirmou
que a entidade não tinha relação com o suposto cartel: "As
empresas citadas no inquérito
não eram associadas à Abifarma, tentaram fazer uma associação maldosa".
O atual presidente da Febrafarma, Ciro Mortela, disse ter
contratado Zubcov para montar um arquivo de informações
sobre falsificação e roubo de
carga de remédio. "Era para
atender até mesmo a imprensa.
São informações que não temos assim [à mão]", disse.
Segundo Mortela, quando já
aposentado, Zubcov se ofereceu à Febrafarma: contrato de
R$ 5.000 mensais.
Mortela negou relação disso
com o investigado pela Operação Anaconda. "São valores irrisórios para uma coisa [suposta quadrilha] dessa natureza."
A Febrafarma divulgou nota
sobre Zubcov: "Todos os serviços prestados pelo advogado
Luis Zubcov aconteceram dentro dos padrões jurídicos e fiscais com os quais a Febrafarma
conduz seus contratos."
Texto Anterior: Nome da Abifarma aparece em contabilidade Próximo Texto: Só após pressão, PF ajuda CPI em buscas Índice
|