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São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2003

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OUTRO LADO

Citados negam ter ligação com suposto esquema

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O delegado aposentado da Polícia Federal Luiz Carlos Zubcov disse ontem que agiu dentro da legalidade na condução do inquérito -arquivado há um ano- em que a Abifarma, hoje Febrafarma, foi investigada. "Não houve nenhuma espécie de concessão. Todos os laboratórios envolvidos foram indiciados", disse.
Segundo Zubcov, o então presidente da Abifarma, José Eduardo Bandeira de Melo, não foi indiciado porque a entidade era "só uma união dos laboratórios". Teria até recebido elogios por sua "seriedade".
Por isso, depois de aposentado, foi convidado pela Febrafarma para prestar consultoria. "Sempre fiz as coisas de acordo com a lei. Aprendi a lidar apenas com a verdade. No Brasil, existe um sistema legal e um que funciona. Sempre agi de acordo com o primeiro."
José Eduardo Bandeira de Melo, presidente da Abifarma até outubro de 2000, afirmou que a entidade não tinha relação com o suposto cartel: "As empresas citadas no inquérito não eram associadas à Abifarma, tentaram fazer uma associação maldosa".
O atual presidente da Febrafarma, Ciro Mortela, disse ter contratado Zubcov para montar um arquivo de informações sobre falsificação e roubo de carga de remédio. "Era para atender até mesmo a imprensa. São informações que não temos assim [à mão]", disse.
Segundo Mortela, quando já aposentado, Zubcov se ofereceu à Febrafarma: contrato de R$ 5.000 mensais.
Mortela negou relação disso com o investigado pela Operação Anaconda. "São valores irrisórios para uma coisa [suposta quadrilha] dessa natureza."
A Febrafarma divulgou nota sobre Zubcov: "Todos os serviços prestados pelo advogado Luis Zubcov aconteceram dentro dos padrões jurídicos e fiscais com os quais a Febrafarma conduz seus contratos."


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