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Meredith teve 5.500 militares para protegê-lo
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos principais ícones negros americanos dos anos 1960,
James Meredith esteve no centro de dois episódios cruciais
na luta pelos direitos civis.
O primeiro episódio ocorreu
em 1962, quando Meredith, na
época um ex-oficial da Força
Aérea aos 29 anos, conseguiu
ser aceito na Universidade do
Mississippi ao omitir sua raça
durante o processo de matrícula. O governador da época,
Ross Barnett, opôs-se e convocou uma forte resistência local
após prometer que "nenhuma
escola do Mississippi será integrada enquanto eu for o seu governador".
Para assegurar a entrada de
Meredith, o presidente John
Kennedy enviou 500 soldados.
Na noite de de 30 de setembro,
uma multidão de 3.000 pessoas, entre eles estudantes da
universidade, acuou esse contingente com pedras e coquetéis Molotov. Horas depois, o
governo federal enviou mais
5.000 soldados que estavam de
prontidão em Memphis, no vizinho Tennessee. Ao todo, os
distúrbios resultaram em dois
mortos e 160 feridos, dos quais
28 baleados.
Meredith, que vinha de outra
faculdade do Mississippi, se
formou no ano seguinte, durante todo esse período sob
proteção federal.
Igualmente dramática foi a
marcha de 350 km que Meredith liderou em junho de 1966
pelo Sul, quando um branco o
baleou. O incidente atraiu a
atenção nacional, e a marcha
foi retomada com o apoio outros líderes negros da época,
entre eles Martin Luther King e
Stokely Carmichael.
(FM)
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