São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2008

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Tarso minimiza carta do general Felix sobre a PF

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O ministro da Justiça, Tarso Genro, minimizou a carta do colega Jorge Felix (Gabinete de Segurança Institucional) sobre as buscas feitas pela Polícia Federal na sede da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), mas reconheceu que as reclamações surtiram efeito.
Segundo ele, houve providências para evitar o vazamento de informações de interesse de Estado, contidas nos computadores da Abin, depois que Felix reclamou que a PF "desmoralizou" a agência perante órgãos de inteligência do exterior. Na correspondência, datada do último dia 11, o chefe do GSI afirma que a ação causou "estranheza" e "indignação".
"Foi ela [a carta] que determinou a minha relação de trabalho com o ministro Felix, para que nós começássemos a trabalhar juntos essa questão da abertura dos documentos", disse ontem Tarso, que esteve em Porto Alegre para participar de reunião entre chefes de polícia dos países do Mercosul.
A PF apreendeu computadores e uma van no Centro de Operações da Abin no Rio, no dia 5. A ação foi autorizada pela 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, após pedido do delegado Aldo Vieira Ferreira, que investiga o vazamento de informações durante a Operação Satiagraha, que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas.
A razão do mal-estar no GSI é a existência de informações secretas -como relatórios sobre temas considerados de segurança nacional e até listas de informantes da agência- nos computadores que agora estão em poder da PF. (GRACILIANO ROCHA)


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