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Tarso minimiza carta
do general Felix sobre a PF
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O ministro da Justiça, Tarso Genro, minimizou a carta
do colega Jorge Felix (Gabinete de Segurança Institucional) sobre as buscas feitas
pela Polícia Federal na sede
da Abin (Agência Brasileira
de Inteligência), mas reconheceu que as reclamações
surtiram efeito.
Segundo ele, houve providências para evitar o vazamento de informações de interesse de Estado, contidas
nos computadores da Abin,
depois que Felix reclamou
que a PF "desmoralizou" a
agência perante órgãos de inteligência do exterior. Na
correspondência, datada do
último dia 11, o chefe do GSI
afirma que a ação causou "estranheza" e "indignação".
"Foi ela [a carta] que determinou a minha relação de
trabalho com o ministro Felix, para que nós começássemos a trabalhar juntos essa
questão da abertura dos documentos", disse ontem Tarso, que esteve em Porto Alegre para participar de reunião entre chefes de polícia
dos países do Mercosul.
A PF apreendeu computadores e uma van no Centro
de Operações da Abin no Rio,
no dia 5. A ação foi autorizada pela 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, após pedido do delegado Aldo Vieira
Ferreira, que investiga o vazamento de informações durante a Operação Satiagraha,
que resultou na prisão do
banqueiro Daniel Dantas.
A razão do mal-estar no
GSI é a existência de informações secretas -como relatórios sobre temas considerados de segurança nacional e até listas de informantes da agência- nos computadores que agora estão em
poder da PF.
(GRACILIANO ROCHA)
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