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São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2003

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PAINEL

Encrenca à vista
João Paulo Cunha descarta colocar em votação, em 2004, a autonomia do BC, menina dos olhos do ministro Antonio Palocci. Para o presidente da Câmara, o ano eleitoral não oferece tempo hábil para a tramitação de proposta tão polêmica.

Talvez no futuro
Nos cálculos do presidente da Câmara, o projeto que dá autonomia ao Banco Central deve ser objeto de debate no ano que vem e, eventualmente, submetido a votação em 2005.

Hangar lotado
Nem depender somente do "sucatão", nem aposentá-lo. O governo decidiu que comprará mesmo novo avião presidencial em 2004 -provavelmente um Airbus. Também trocará o motor da aeronave em uso desde a década de 60, para que ela continue a transportar Lula.

Plano de vôo
Estão definidas as datas das duas principais viagens internacionais de Lula em 2004. Depois de visitar a Índia em janeiro, o presidente irá à China em maio, para comemorar os 30 anos da retomada das relações comerciais do Brasil com o país.

Importar é a solução
Com serviço sobre a mesa no Ministério da Fazenda até o dia 30, Antonio Palocci passará o Natal em Brasília com familiares que virão de Ribeirão Preto.

Paparazzo
O gaúcho Paulo Pimenta levou máquina fotográfica ao churrasco de Lula com a bancada petista. Agora, passa o dia recebendo pedidos de colegas interessados em cópias das imagens em que aparecem ao lado do presidente.

Inconsolável
Mensagem eletrônica de Boas Festas distribuída por Eduardo Jorge Caldas Pereira, secretário-geral da Presidência da República na gestão FHC: "Feliz Natal e Próspero 2007 (antes disso não há esperança...)".

Gaveta cheia
Nelson Jobim é o recordista em pedidos de vista no Supremo Tribunal Federal. Analisa ao menos 70 processos, 14 há mais de cinco anos, segundo o site do STF. Pela nova resolução do tribunal, a partir de março os ministros terão dez dias, prorrogáveis, para cada análise.

Sobrecarregado
O ministro do STF Nelson Jobim afirma que a demora na análise de processos é consequência do excessivo volume de trabalho no tribunal.

Velocidade máxima
Na primeira reunião ministerial de seu governo, em 17 de janeiro, Lula pediu a Márcio Thomaz Bastos (Justiça) que priorizasse o combate à prostituição infantil. Quase um ano depois, o plano ainda não saiu do papel.

Aliança carioca
José Dirceu mantém conversas reservadas com Anthony Garotinho e Michel Temer. Em pauta, possível união PT-PMDB contra o pefelista Cesar Maia na eleição para prefeito do Rio. Dificulta o acordo o fato de ambos quererem a cabeça da chapa.

Vale-tudo
Pré-candidato do PT à Prefeitura de Salvador, Nelson Pellegrino diz que aproveitará o recesso parlamentar para pôr a campanha em dia: "Farei comício até em batizado de boneca".

Rastro do grampo
Recém-filiado ao PSDB, Plácido de Faria deve disputar vaga de vereador em Salvador. Marido de Adriana Barreto, ex-namorada de ACM, o advogado ganhou fama ao denunciar ter sido grampeado pelo senador.

Debandada
A aproximação entre Leonel Brizola e Jorge Bornhausen ameaça esvaziar o PDT catarinense. Inimigos históricos do senador pefelista, dirigentes da sigla rumaram para o PPS.

TIROTEIO

Do ministro Gilberto Gil (Cultura), sobre seu colega Antonio Palocci Filho (Fazenda) ter dito que o Brasil precisa de mais dez anos de superávit elevado:
-Espero que a previsão esteja certa. Mas, se estiver errada, ele não terá feito nada diferente do que os economistas sempre fizeram: tentativa e erro.

CONTRAPONTO

O gênio das cartas

O senador petista Delcídio Amaral (MS) tem divertido os colegas com uma piada segundo a qual Luiz Inácio Lula da Silva encontrou três cartas na mesa de seu gabinete ao assumir a Presidência da República.
Ao abrir a primeira, leu a seguinte mensagem: "Culpe seu antecessor por tudo". Lula seguiu a instrução à risca, atribuindo todas as dificuldades de sua administração à alegada "herança maldita" de FHC.
Quando a fórmula começou a se esgotar, com reflexos em sua popularidade, o presidente decidiu abrir a segunda carta, que dizia: "Comece a fazer algo".
Lula então lançou programas e obras pelo Brasil afora, elegendo centenas de prefeitos do PT. Mas, com o tempo, também esse método deu sinais de cansaço.
De novo com a popularidade em queda, o presidente abriu o terceiro envelope. Conselho final: "Escreva três cartas".


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