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Sem adesão de aliados, PSDB desiste de formar bloco de oposição a Lula
LILIAN CHRISTOFOLETTI
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
Sem a adesão dos principais
aliados políticos, o PSDB desistiu
de formar um bloco de oposição
ao governo Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). Haviam sido convidados para o grupo os parlamentares do PFL, do PMDB e do PPB.
"A idéia do bloco era a de uma
ação conjunta no sentido de fiscalizar e contribuir com a agenda do
governo. Mas, ao longo da última
semana, nós mesmos do partido
começamos a achar que [o projeto" não estava maduro", disse o
presidente do PSDB, José Aníbal.
A idéia do bloco de oposição estava fadada ao fracasso desde o
início. Importantes líderes políticos, como o senador eleito Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA),
uma espécie de neolulista, e o senador José Sarney (PMDB-AP), já
haviam se manifestado contrários
à formação do grupo.
"Não nos sentimos isolados. De
forma independente, o PSDB vai
continuar com o propósito de
municiar a bancada e de qualificar a fiscalização."
Aníbal afirmou que o partido
não pretende "obstruir" o governo do PT. "Nem teria sentido. O
governo [de Lula" assumiu amplamente a agenda de reformas,
as ações e os fundamentos de Fernando Henrique Cardoso", disse
Aníbal. A afirmação de que Lula
dará continuidade à gestão FHC é
uma das estratégias tucanas para
tentar minar os projetos do PT.
Ontem, a Executiva do PSDB
reuniu-se para discutir a indicação dos novos líderes da legenda
no Congresso. Ainda não há um
consenso sobre nomes.
A derrota do presidenciável tucano José Serra (SP) abriu uma cisão na sigla. De um lado, os paulistas querem que a liderança da
Câmara permaneça com Jutahy
Magalhães Júnior (BA), ligado a
Serra. Os afinados a Tasso Jereissati (CE) e Aécio Neves (MG) querem Custódio Mattos (MG).
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