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Cúpula do PMDB dá prazo de 48h para acordo com PT para o Senado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na tentativa de retomar a iniciativa na disputa pela presidência do Senado, a cúpula do PMDB
estabeleceu um prazo de 48 horas
para chegar a algum tipo de entendimento com o PT, findas as
quais promete partir para o confronto a fim de evitar a eleição do
senador José Sarney (AP), o candidato preferido do Planalto.
Os peemedebistas pretendem
acertar o mínimo de suas diferenças internas, agravadas por desconfianças mútuas que minaram
a unidade da própria cúpula. A
disputa no Congresso já criou
tensão no relacionamento entre o
líder no Senado, Renan Calheiros
(AL), e o presidente do PMDB,
Michel Temer (SP).
Até recentemente, parte da direção do partido acreditava que poderia trocar com o PT a presidência da Câmara pela do Senado.
Neste caso, Temer seria o candidato na Câmara. Os senadores
nunca aceitaram o projeto. E alguns deles, como o atual presidente Ramez Tebet (MS), logo
passaram a se posicionar como
uma alternativa ao confronto de
Renan com Sarney.
A cúpula tinha reunião marcada para ontem à noite. Pela manhã, numa conversa com os futuros líderes petistas no Senado,
Aloizio Mercadante (SP) e Tião
Viana (AC), Renan também ouviu a sugestão de procurar Sarney
para uma conversa, o que pode
ocorrer até o fim de semana.
Ontem, Calheiros teve uma nova rodada de negociação com os
líderes do PT. Mas o dia começou
mal. Um café da manhã marcado
para as 7h30 em um hotel de Brasília só aconteceu às 9h30 no apartamento do senador Tião Viana
(PT-AC). O senador Eduardo Suplicy (SP), que ainda é o líder do
PT no Senado, não foi convidado.
O presidente do PT, José Genoino
(SP), também não apareceu, o
que contribuiu para esvaziar a
reunião.
(RAYMUNDO COSTA)
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