São Paulo, sábado, 22 de março de 2008

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Sindicato diz que siderúrgica não desmatou

DA AGÊNCIA FOLHA

O Sindiferpa (Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Estado do Pará) afirmou que o aumento das áreas devastadas no Estado apontado pelo governo federal não tem relação com as siderúrgicas.
Segundo o sindicato, a produção de ferro no Estado caiu no período em que foi constatado o aumento da devastação. Os números, porém, não foram informados.
O sindicato argumenta que a base energética do pólo de Marabá é composta basicamente de carvão vegetal oriundo de resíduos de serrarias instaladas na região, resíduos de projetos de manejo florestal sustentado e de eucalipto das florestas plantadas, além de carvão feito da casca do coco de babaçu.
"As dez siderúrgicas do pólo de Marabá já possuem mais de 60 mil hectares de reflorestamento. A meta é em 2015 ultrapassar 200 mil hectares plantados", diz o sindicato. A Cosipar afirma que chegou a recorrer das decisões do Ibama por contestar os cálculos feitos pelo órgão sobre a demanda energética da empresa.
"Desde 2003, usamos outras alternativas além do carvão vegetal, como a biomassa e o carvão obtido em nossas próprias reservas. Para ter certeza de que compramos carvão com origem legal, hoje só temos pessoas jurídicas como fornecedoras. Antes tínhamos 143 fornecedoras e hoje temos 28, o que torna mais fácil o controle."
A empresa diz esperar que, com a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta com o Ibama para plantar árvores nativas em 32 mil hectares, seja retomado o fornecimento de minério de ferro pela Vale, suspenso desde outubro de 2007, com o argumento de que a Cosipar não se adequava às leis ambientais.


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