São Paulo, sábado, 22 de março de 2008

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Assentamento do Incra é origem de parte da madeira

DA AGÊNCIA FOLHA

Parte da madeira ilegal extraída no Pará tem origem em assentamentos rurais criados pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) nos últimos três anos.
A afirmação é do Ministério Público Federal no Estado, que aponta que, em pelo menos 25 municípios do oeste do Pará, há 107 assentamentos irregulares.
Segundo o órgão, a área destinada pelo Incra em Santarém a projetos sem licença ambiental é de cerca de 56 mil km2 -maior que o Estado do Rio.
A suspeita é que muitos desses projetos foram criados por interesses de madeireiras.
As denúncias feitas pela Procuradoria levaram a Justiça Federal a determinar, em fevereiro, o bloqueio dos bens e a quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos de nove pessoas acusadas de responsabilidade no caso, entre elas o ex-superintendente do Incra em Santarém, Pedro de Santana. A Justiça determinou ainda a suspensão dos R$ 18,6 milhões destinados à construção de estradas em 15 assentamentos.
As investigações apontam que esses projetos de reforma agrária se localizam em áreas de mata virgem. O Incra disse, por meio de sua assessoria, que não iria se pronunciar.


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