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PESQUISA
País reduziu taxa de desnutrição
Brasil vê "alto poder" em Presidência, diz ONU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após 20 anos da campanha pelas Diretas-Já, o Brasil aparece em
uma situação contraditória quanto se trata de democracia.
Atinge a melhor avaliação no
Índice de Democracia Eleitoral,
que avalia a evolução das eleições
no país. Ao mesmo tempo, fica
em 15º lugar entre 18 países da
América Latina no indicador de
democratas (adesão da população aos princípios democráticos).
É o que mostra a pesquisa "A
Democracia na América Latina",
divulgada ontem pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento), em Brasília.
O relatório ouviu 18.643 latino-americanos e 231 personalidades
da região e aponta a necessidade
de reformas que garantam proteção jurídica efetiva e redução da
desigualdade socioeconômica.
O Brasil está ainda entre os países com menores índices de participação de mulheres e afrodescendentes no Congresso. Mas se
destaca como um dos países que
têm a instituição Presidência da
República com "poder muito alto". Em uma escala de 0 a 1, os poderes formais do presidente brasileiro ficaram em 0,56, perdendo
só para o Chile, com 0,58. A média
é 0,39. O documento aponta como um dos fatores para a concentração de poder no Brasil a capacidade legislativa do presidente.
O país tem também um dos menores índices de juízes da região.
São 3,6 juízes para cada 100 mil
habitantes. Na América Latina,
são 4,9 juízes por 100 mil.
Apesar de ter o maior número
absoluto de presos (240 mil), o
Brasil tem 137 presos para cada
100 mil habitantes contra 145 presos para cada 100 mil na região.
Nos indicadores positivos, o
Brasil é apontado pela queda da
desnutrição infantil (redução de
15,4% entre 1989 e 1996) e diminuição na taxa de pessoas abaixo
da linha da pobreza.
Mais informações do relatório no site
www.pnud.org.br
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