DA REPORTAGEM LOCAL

Oito das dez sentenças reformadas pelo Tribunal Regional Federal em São Paulo foram absolvições concedidas pelo juiz João Carlos da Rocha Mattos a réus que tiveram seus nomes citados nas gravações da Operação Anaconda. Com a revisão, eles receberam condenações elevadas.
"De uma sentença absolutória, passar-se para uma condenação com pena muito elevada revela que não se tratava, tão-somente, de diferenças de interpretação, pois a prova é uma só. Houve má-fé", diz a procuradora regional da República Ana Lúcia Amaral.
Absolvidos por Rocha Mattos, foram condenados a 15 anos de prisão pelo TRF Sérgio Chiamarelli Júnior (preso na Anaconda), Enrico Picciotto e Francisco Calandri Guimarães, sócios da Split.
Fábio Pazzanezze Filho, da distribuidora Negocial, foi condenado a sete anos e seis meses de prisão. Ibraim Borges Filho, da IBF, pegou quatro anos de reclusão.
O doleiro uruguaio Najun Turner foi condenado a dez anos e Fausto Solano Pereira, a três anos e seis meses. Solano teria dado uma casa ao juiz no Uruguai. Giancarlo Nardi recebera pena de sete meses (prescreveria em dois anos). Foi reformada para quatro anos. Ele teria vendido um imóvel à ex-mulher do juiz. (FV)


Texto Anterior: Outro lado: Estevão critica procuradora e se diz inocente
Próximo Texto: Questão indígena: Rádio faz campanha contra demarcação
Índice