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Arma da polícia desaparece em confronto em PE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O secretário da Defesa Social de
Pernambuco, Rodney Miranda,
disse ontem que a arma do capitão da Polícia Militar Dimerson
Mendes desapareceu no confronto em que ele se envolveu anteontem com membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Recife.
O oficial foi espancado por um
grupo de sem-terra, ao final da
passeata de abertura do 2º Fórum
Social Brasileiro. Na confusão, o
coordenador nacional do movimento Jaime Amorim foi baleado
de raspão no polegar direito.
Segundo Miranda, ao menos oito pessoas ficaram feridas -entre
elas outros dois policiais. As vítimas passam bem. A arma é uma
pistola de uso exclusivo da PM.
O secretário afirmou não saber
a causa do tumulto. De acordo
com ele, os PMs envolvidos disseram ter disparado tiros para o alto, em situação de defesa, e terem
sido espancados sem motivo.
O capitão, que sofreu traumatismo craniano leve e ferimentos, estaria no local apenas para fazer o
levantamento da área para outro
evento, disse o secretário. Ele teria
entrado no meio do grupo de
sem-terra ao perseguir um ladrão.
Os lavradores responsabilizam
os policiais pelo enfrentamento.
Afirmam que três deles entraram
de motocicleta em uma área onde
estava um grupo de crianças.
Segundo a PM, 1.500 pessoas
participavam do ato. Os organizadores estimaram 10 mil. Ontem,
em carta aberta, o comitê organizador do fórum criticou a atuação
dos policiais. Segundo o documento, eles "invadiram" o ato.
Em Alagoas, um policial sacou
ontem uma arma contra sem-terras na entrada do fórum de Atalaia. Os agricultores tinham audiência marcada. Segundo o
coordenador estadual do MST,
José Carlos Silva, "um policial arrogante e desinformado sacou
uma metralhadora na porta do
fórum". Para policiais do Centro
de Gerenciamento de Crise da
PM, o policial militar não chegou
a disparar.
(FÁBIO GUIBU)
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