São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007

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Esquema fluminense pode ter extensões em mais três Estados

DA AGÊNCIA FOLHA

O esquema de venda de sentenças judiciais em favor da jogatina, investigado pela Operação Hurricane, pode ter ramificações em pelo menos outros três Estados -Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul.
O bicheiro Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, preso na operação, é apontado como um dos líderes da jogatina no Espírito Santo.
No Rio Grande do Sul, uma empresa obteve decisão favorável no TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, com voto do desembargador preso José Ricardo Regueira para importação e uso de caça-níqueis.
Regueira também foi responsável por liminar que garantiu o funcionamento de dois bingos em Curitiba, no Paraná.
Segundo o promotor Maxwell Araújo, do Ministério Público do Espírito Santo, Capitão Guimarães é apontado como um dos líderes do jogo ilegal no sul do Estado. O delegado José Bessa, da Delegacia de Costumes, vê possível relação dos jogos ilegais no Estado com o crime organizado do Rio.
Segundo Araújo, o ex-presidente da Assembléia Legislativa José Carlos Gratz foi sócio de Guimarães na época em que os bingos eram permitidos no Estado -durante o mandato de Gratz, de 1997 a 2002.
"Nunca soube dessa sociedade. Ele nunca escondeu que foi do jogo do bicho, mas nos processos contra ele não há nenhuma menção sobre a relação dele com o Capitão Guimarães", disse Homero Mafra, advogado de Gratz. Nélio Machado, advogado de Guimarães, disse desconhecer negócios de seu cliente no Espírito Santo. Machado, que também defende o desembargador, afirmou que não conhece o teor das investigações.


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