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Esquema fluminense pode ter extensões em mais três Estados
DA AGÊNCIA FOLHA
O esquema de venda de sentenças judiciais em favor da jogatina, investigado pela Operação Hurricane, pode ter ramificações em pelo menos outros
três Estados -Espírito Santo,
Paraná e Rio Grande do Sul.
O bicheiro Aílton Guimarães
Jorge, o Capitão Guimarães,
preso na operação, é apontado
como um dos líderes da jogatina no Espírito Santo.
No Rio Grande do Sul, uma
empresa obteve decisão favorável no TRF (Tribunal Regional
Federal) da 2ª Região, com voto
do desembargador preso José
Ricardo Regueira para importação e uso de caça-níqueis.
Regueira também foi responsável por liminar que garantiu o
funcionamento de dois bingos
em Curitiba, no Paraná.
Segundo o promotor Maxwell Araújo, do Ministério Público do Espírito Santo, Capitão Guimarães é apontado como um dos líderes do jogo ilegal
no sul do Estado. O delegado
José Bessa, da Delegacia de
Costumes, vê possível relação
dos jogos ilegais no Estado com
o crime organizado do Rio.
Segundo Araújo, o ex-presidente da Assembléia Legislativa José Carlos Gratz foi sócio
de Guimarães na época em que
os bingos eram permitidos no
Estado -durante o mandato de
Gratz, de 1997 a 2002.
"Nunca soube dessa sociedade. Ele nunca escondeu que foi
do jogo do bicho, mas nos processos contra ele não há nenhuma menção sobre a relação dele
com o Capitão Guimarães", disse Homero Mafra, advogado de
Gratz. Nélio Machado, advogado de Guimarães, disse desconhecer negócios de seu cliente
no Espírito Santo. Machado,
que também defende o desembargador, afirmou que não conhece o teor das investigações.
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