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Ação ganha novos interessados após cessões de crédito
DO ENVIADO A CUJUBIM (RO)
Nos últimos anos, o processo
milionário de indenização da
Seringais Serra e Repartimento, em Cujubim, ganhou um
grupo de interessados que nada
tem a ver com a ação original.
Eles são donos das chamadas
cessões de crédito.
Wilson Telles, considerado
um especulador pelo governo e
identificado no processo ora
como pecuarista ora como comerciante, diz que isso é resultado dos "seríssimos" problemas financeiros enfrentados por ele desde que acionou a
União na Justiça, em 1988.
"[Enfrentei] problemas financeiros seríssimos, ao ponto
de não ter [dinheiro] para comprar leite", afirma Telles, que
completa: "Consegui [vender
os direitos] à custa de muita
desvalorização. As cessões foram muito menos que o valor
real. Todos levaram vantagem".
Em princípio, o mecanismo
da cessão de crédito é uma certeza de desvalorização ao cedente e um negócio de risco ao
comprador, a quem cabe aguardar o fim do processo para receber o dinheiro e torcer contra
reviravoltas jurídicas que bloqueiem o pagamento.
Em abril de 2005, por exemplo, Telles cedeu à Maiscor Tintas o direito a R$ 6 milhões. Em
troca, recebeu R$ 688 mil. A
Maiscor também conseguiu facilidades no pagamento: R$ 12
mil à vista, um carro de R$ 40
mil e o restante em 53 parcelas.
"Tive a chance de fazer um
bom negócio para mim como
também de ajudar o seu Wilson", disse o dono da Maiscor,
que não quis ser identificado.
Outros beneficiados não comentaram o caso.
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