São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 2000


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Concentração de renda diminui

DA REDAÇÃO

As medidas de concentração de renda apresentaram uma melhora no país entre 1995 e 1998. Segundo os dados de Angela Corrêa, o índice de Gini, por exemplo, passou de 0,559 para 0,542 no período. Quanto mais se aproxima de 1, mais concentrada é a renda.
A comparação com dados do IBGE mostra que a concentração de renda entre pessoas ocupadas na agricultura é menor do que no país como um todo. O índice de Gini do Brasil foi 0,575 em 1998.
A menor concentração de renda na agricultura, em 1998, foi verificada no Nordeste (0,470). Nessa região e naquele ano, o 1% mais rico ocupado na agricultura se apropriava de 15,3% da renda, e os 50% mais pobres, de 21,1%.
A renda estava mais concentrada no Centro-Oeste (0,572), a única região a apresentar, no estudo de Angela Corrêa, índice superior ao do país. O Sul e o Estado de São Paulo tinham em 1998 uma situação idêntica (0,528). No Sudeste (excluído o Estado de São Paulo), o índice era de 0,484.
As diferenças nos índices de concentração de renda estão relacionadas às características da produção. Segundo Angela Corrêa, em São Paulo e no Centro-Oeste predomina uma agricultura do tipo capitalista, caraterizada pela existência bem definida de empregados e empregadores. Nesse caso, a pobreza estaria relacionada ao nível de salários.
Nas demais regiões, onde o trabalho por conta própria é mais comum, a pobreza estaria associada às precárias condições das pequenas propriedades. (RM)


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