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Concentração de renda diminui
DA REDAÇÃO
As medidas de concentração de
renda apresentaram uma melhora no país entre 1995 e 1998. Segundo os dados de Angela Corrêa, o índice de Gini, por exemplo,
passou de 0,559 para 0,542 no período. Quanto mais se aproxima
de 1, mais concentrada é a renda.
A comparação com dados do
IBGE mostra que a concentração
de renda entre pessoas ocupadas
na agricultura é menor do que no
país como um todo. O índice de
Gini do Brasil foi 0,575 em 1998.
A menor concentração de renda
na agricultura, em 1998, foi verificada no Nordeste (0,470). Nessa
região e naquele ano, o 1% mais
rico ocupado na agricultura se
apropriava de 15,3% da renda, e
os 50% mais pobres, de 21,1%.
A renda estava mais concentrada no Centro-Oeste (0,572), a única região a apresentar, no estudo
de Angela Corrêa, índice superior
ao do país. O Sul e o Estado de São
Paulo tinham em 1998 uma situação idêntica (0,528). No Sudeste
(excluído o Estado de São Paulo),
o índice era de 0,484.
As diferenças nos índices de
concentração de renda estão relacionadas às características da produção. Segundo Angela Corrêa,
em São Paulo e no Centro-Oeste
predomina uma agricultura do tipo capitalista, caraterizada pela
existência bem definida de empregados e empregadores. Nesse
caso, a pobreza estaria relacionada ao nível de salários.
Nas demais regiões, onde o trabalho por conta própria é mais
comum, a pobreza estaria associada às precárias condições das
pequenas propriedades.
(RM)
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