|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Queda é visível" diz líder do MST
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM RECIFE
O coordenador estadual do
MST em Pernambuco, Jaime
Amorim, afirmou que a queda de
renda no campo é visível e contribui para o aumento dos conflitos
agrários no país.
"Em Pernambuco, trabalhadores que fazem hoje parte do movimento são ex-rendeiros (homens
que trabalham em terras de terceiros) ou ex-pequenos produtores rurais. A maioria era trabalhador da cana que perdeu o emprego com a crise do setor sucro-alcooleiro", disse o dirigente do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Segundo Amorim, há no movimento lavradores que viviam da
produção de tomate no município de Pesqueira. "A falência do
pólo produtor de tomate fez com
que muitos tivessem que dar suas
terras como pagamento."
"Esses homens vivem da terra.
Procuraram o MST em busca de
uma nova chance", diz Amorim.
O presidente do Sindicato dos
Cultivadores de Cana do Estado
de Pernambuco, Gérson Carneiro
Leão, afirma que há dez anos Pernambuco produzia 26 milhões de
toneladas de cana em uma safra.
"Na safra passada (setembro a
abril), produzimos 11 toneladas.
Empregávamos 250 mil pessoas.
Hoje, 120 mil no período de colheita e 60 mil na entressafra."
Para o produtor de cana, a situação no Estado é grave porque a cana ainda representa 40% da atividade agrícola em Pernambuco.
"Falta crédito para o pequeno, o
médio e o grande cultivador de
cana no país e o governo federal
não prioriza o Proálcool (programa de incentivo do álcool)."
Texto Anterior: Concentração de renda diminui Próximo Texto: Movimento faz protestos no RS Índice
|