DA REPORTAGEM LOCAL

A deputada Luiza Erundina, pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSB, disse ontem que rejeita qualquer insinuação de que haja um acordo entre ela e o PSDB.
"O PSDB está de um lado, e nós, de outro. Nossa postura é de franca oposição ao PSDB", disse Erundina durante evento do PSB na zona sul de São Paulo.
A afirmação de Erundina foi feita em comentário à declaração do presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Em jantar com parlamentares do PMDB na semana passada, FHC disse que, no atual quadro eleitoral, Erundina está em melhor situação e provavelmente seria eleita.
A principal adversária de Erundina no momento, a pré-candidata do PT, Marta Suplicy, reagiu afirmando que o PSB havia se transformado numa "linha auxiliar do PSDB".
"O que o presidente fez foi somente dar sua opinião. Nada além disso. Não tenho nada em comum com o PSDB."
Sobre a declaração de Marta, a pré-candidata do PSB foi enfática: "Ela está insegura porque sente que meu nome está em ascensão".
Pesquisa Datafolha realizada no último dia 11 mostra que Marta oscila entre 30% e 33% em seis cenários avaliados, enquanto a intenção de voto em Erundina varia entre 25% e 27%.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o que indica que elas estão tecnicamente empatadas.
O pré-candidato do PSDB, o vice-governador Geraldo Alckmin, alcançou o quinto lugar na pesquisa, com 4%.
Erundina citou como exemplo de seu distanciamento dos tucanos a forma como o governo Mário Covas (PSDB) tratou os servidores públicos e estudantes que fizeram manifestação na avenida Paulista, quinta-feira passada.
Na manifestação, pelo menos 38 pessoas foram feridas em confronto com a tropa de choque da Polícia Militar. "Repudio o que fizeram com os trabalhadores e estudantes", afirmou a ex-prefeita.
De acordo com Erundina, "força a barra" quem tenta tachar sua candidatura de aliada da direita. "Nossa candidatura é de centro esquerda."


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