São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 2002

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PAINEL

Discurso interno
Lula enviou uma carta aos militantes do PT na qual diz que ainda "falta muito para a vitória". Pede que os petistas, apesar da grande vantagem nas pesquisas, não calcem o "sapato alto". "A campanha propriamente dita ainda não começou", afirma.

Armas de guerra
Na carta, Lula diz que há um enorme risco de que a campanha "descambe para dossiês e baixarias". "Temos de estar preparados para tudo".

Vantagem sulista
Rita Camata é a vice preferida dos marqueteiros de Serra. Mas Pedro Simon, apesar de não agradar a FHC, tem uma vantagem sobre ela, segundo a cúpula do PMDB. Com o senador, seria mais fácil aprovar a coligação com o PSDB. O gaúcho agregaria internamente mais.

Última forma
Representantes do PMDB do RN, do PB e de SE -considerados votos certos pelos governistas em favor da aliança com Serra-, participaram ontem da reunião dos oposicionistas, ao lado de Sarney e de Quércia.

Chapa belezura
De Moreira Franco (PMDB), defendendo o nome de Rita Camata: "As mulheres consultadas pelo PMDB disseram que a chapa Serra-Simon é tão feia que nem as moscas teriam coragem de pousar nos cartazes".

Diálogo sagrado
Questionado sobre o fato de Garotinho ter afirmado que ele é candidato da direita, Ciro lembrou que o adversário é evangélico e respondeu com uma referência bíblica: "Pai, perdoai-lhe. Ele não sabe o que diz".

Disputa de bola
Depois de Popó (Garotinho) e de Carlinhos Brown (Ciro), o Senado convidou Romário para participar do debate sobre habitação com um presidenciável. Ainda não está definido -Lula ou Serra- quem aproveitará os holofotes do atacante, cujo depoimento deve ocorrer no dia 4.

Egos em choque
Serra e Nizan têm mantido um diálogo franco. O marqueteiro exibe uma das conversas como troféu, ao relatá-la em Brasília. Procurado pelo tucano para "trocar umas idéias", teria respondido: "Não quero trocar idéias com você. Fico com as minhas e você com as suas. Se eu ficar com as suas, vamos perder".

Padrinho forte
Nas conversas, Nizan deixa claro que está trabalhando com Serra apenas para atender a um pedido de FHC. Se o candidato resistir à sua atuação, o marqueteiro promete ir embora.

Grande Irmão
Portaria do ministro Barjas Negri (Saúde) divulgada ontem autoriza o Datasus a monitorar todos os computadores de funcionários do ministério, a fim de evitar o envio de mensagens "impróprias e sigilosas", o uso de programas não-oficiais e as tentativas de invasão de rede.

Sem sigilo
Assim que for verificado uso irregular do computador, segundo a portaria do Ministério da Saúde, o Datasus apreenderá o equipamento e o enviará para análise pericial. Se for comprovada "má-fé" do usuário, o funcionário poderá ser demitido.

Casa do governador
Alckmin tem recebido uma forcinha do SBT. Domingo, Silvio Santos disse na "Casa dos Artistas" que o governador trabalha para melhorar a segurança pública. Anteontem, Ratinho fez "merchandising" com o slogan do tucano: "Governo firme e presente, cuidando da gente".

Visita à Folha
Maurício Novis Botelho, diretor-presidente da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Horacio Aragonés Forjaz, vice-presidente de comunicação da empresa, e de Rosana Dias, diretora de relações com a imprensa.

TIROTEIO

Do presidenciável Anthony Garotinho (PSB-RJ), sobre o ministro Pedro Malan (Fazenda) ter dito que propostas econômicas do ex-governador do Rio quebrariam o país:
- Não vou ter nem tempo de quebrar o país. O Pedro Malan e o Armínio Fraga [Banco Central] já o quebraram. Vou é consertar o que eles fizeram.

CONTRAPONTO

Miragem eleitoral

Perto do último Dia das Mães, o deputado federal Waldemir Moka (PMDB-MS) estava assistindo televisão em sua casa quando tomou um susto.
O parlamentar viu um estádio de futebol lotado gritando o nome da pré-candidata ao governo do MS que o partido estudava lançar, a deputada federal Marisa Serrano:
- Marisa! Marisa!
A princípio o deputado ficou chateado, pensando que a colega havia se lançado ao governo do Estado, para enfrentar o governador Zeca do PT, sem avisar oficialmente o partido.
Mas, raciocinou, até que era um ótimo começo - um estádio inteiro gritando o nome de uma pré-candidata não era pouca coisa.
E foi se empolgando. Quando já pensava em avisar os correligionários, percebeu o engano: tratava-se de um comercial de loja de roupas...



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