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Leia a íntegra da
nota divulgada
pelas empresas
DA REDAÇÃO
Em nota, a Viação São José
de Transportes e a Expresso
Guarará Ltda. confirmaram
o pagamento de propina
mensal de R$ 40 mil a representantes de Ronan Maria
Pinto. Leia a íntegra a seguir:
"Diante dos fatos que vêm sendo divulgados pela imprensa, das especulações
que surgiram em torno deles e das denúncias promovidas pelo Ministério Público, esclarecemos:
1. A Viação São José presta serviço à
sociedade de Santo André há quase 40
anos e nunca teve seu nome envolvido
em qualquer irregularidade. No curso de
nosso trabalho, nos engajamos em um
projeto de reformulação do transporte
coletivo da cidade, do que surgiu a empresa Expresso Guarará, vencedora de
uma concorrência dentro dos parâmetros legais. Fizemos investimentos de R$
11 milhões em obras civis, honrando as
exigências do contrato firmado com a
prefeitura, o qual previa um desembolso
de nossa parte da ordem de R$ 6,5 milhões. Investimos, pois, quase o dobro
do contratado. Apesar de cidadão desta
comunidade, empresarialmente não dobramos os investimentos por nossa vontade, mas porque fomos coagidos a isso
pelo senhor Klinger Luiz de Oliveira, que
a todo momento ameaçava romper nossos contratos com a administração municipal. Tanto ele pressionou que fomos
obrigados a entregar à Projeção Engenharia (empresa de Ronan Maria Pinto)
nossa participação de 33% na empresa
Expresso Nova Santo André. Foi tal história que, intimados, levamos ao conhecimento do Ministério Público.
2. Os depoimentos de membros da família Gabrilli, proprietária da São José e
da Expresso Guarará, começaram a ser
prestados em janeiro deste ano. Desde o
dia 16 de maio, por decreto municipal, a
Guarará está sob fiscalização especial
porque não construiu uma ponte que fazia parte do contrato firmado com a prefeitura. Sobre isso, cabe-nos explicar o
seguinte: pelo contrato original, deveríamos construir o terminal de Vila Luzita e
mais cinco estações. Isso foi modificado
unilateralmente pela prefeitura, transformando-se em um terminal, três estações e três pontes. É justamente uma
dessas que não construímos e contestamos sua exigência em ação judicial. Nosso argumento é que já investimos R$ 11
milhões, muito acima do que o estipulado pelo contrato (R$ 6,5 milhões).
3. Queremos deixar claro que temos
um problema empresarial que foi agravado por exigências extra-contratuais
ilegais. E é isso que pretendemos resolver no âmbito da Justiça.
4. Com relação ao pagamento de propina, pagávamos mensalmente cerca de
R$ 40 mil. Por dois meses deixamos de
recolher o dinheiro. Fomos, então, submetidos a concorrência de outras empresas, que colocaram novas linhas no
sistema que nos pertence por contrato.
5. Por fim, esclarecemos que nunca
soubemos o destino final do dinheiro,
somente que os coletores eram: Irineu
Nicolino e, depois, Luiz Marcondes. Em
nossos depoimentos está claro que esses
dois senhores trabalhavam para Ronan
Maria Pinto, que se colocava como porta-voz dos assuntos de Klinger Luiz de
Oliveira Souza.
Acreditamos que os esclarecimentos
acima prestados serão suficientes para
dar continuidade a seu valioso trabalho.
Agradecemos, assim, sua compreensão.
Famílias Gabrilli e Passarelli"
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