São Paulo, segunda-feira, 22 de junho de 2009 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br Neda
Começou no sábado, postado em páginas de YouTube e linkado por Facebook e Twitter, e se espalhou por canais de notícias como CNN e BBC e sites ocidentais como "New York Times". É o vídeo de uma jovem sangrando por boca, nariz e olhos até a morte, depois de levar um tiro no peito nas ruas de Teerã. O vídeo é acompanhado de alertas não só quanto ao choque das imagens, mas quanto à dúvida sobre sua autenticidade. Não importa, Neda, como foi chamada, virou "um símbolo da crise iraniana cada vez maior", avaliou o site da revista "Time". E o levante encontrou sua "mártir". Entrando pela noite, o canal de notícias do Irã, Press TV, deu que o Conselho de Guardiães, enfim, admitiu "irregularidades" na eleição. MÍDIA VS. MÍDIA
Na manchete on-line do "Washington Post", "Mídia estatal do Irã chama manifestantes de terroristas". E o governo iraniano acusa os "canais estatais" Voz da América e BBC, "porta-vozes" de EUA e Grã-Bretanha, de estimularem os protestos. Logo abaixo, na home, o "WP" postou o apelo de Fareed Zakaria, um dos editores da "Newsweek", pela libertação do correspondente da revista em Teerã, desaparecido. Na home do "NYT", destaque também para a relação dos jornalistas presos no país, feita pela organização Repórteres Sem Fronteiras, já em 24. A repressão da cobertura levou à expulsão de um correspondente da BBC e ao fechamento do escritório do canal ligado à Arábia Saudita, Al Arabyia, que vem ressaltando a divisão no clero do Irã. JORNALISTA EM CATIVEIRO
O "NYT" destacou ontem no papel a fuga de seu repórter David Rohde, após sete meses em cativeiro do Talebã. O editor-chefe, Bill Keller, agradeceu aos jornais e emissoras que, mesmo sabendo do sequestro, evitaram divulgar, a pedido da família e do próprio "NYT". Cerca de 40 organizações se calaram sobre a notícia, segundo o site Editor & Publisher. Nem todos, porém. O site Gawker listou, entre os que divulgaram o sequestro, sites e blogs conservadores dos EUA, como Free Republic. "CAUTELA" Na submanchete on-line do "WP", "Republicanos criticam Obama sobre Irã". Dizem que está "indiferente". Em longa reportagem sobre sua "resposta cautelosa", o mesmo jornal acrescenta que os parlamentares democratas estão "nervosos com a possibilidade de o presidente estar perdendo momento histórico" . Especialistas apoiam a cautela de Obama. "PRAGMATISMO" A BBC Brasil pergunta na home se existe "outra opção", fora "o silêncio de Obama e o pragmatismo de Lula". Em destaque na Folha Online, Claudia Antunes informa que o próprio Palácio do Planalto agora "tenta relativizar as declarações feitas pelo presidente Lula", que inicialmente comparou a oposição iraniana a uma torcida de futebol derrotada. DESEQUILÍBRIO DE PODER Em editorial de domingo, o "Boston Globe" analisou a cúpula dos Brics sublinhando que não desafiaram o dólar, afinal, "porém a mudança no equilíbrio do poder na economia global ficou evidente". O "Telegraph" de Londres se perguntou, no título de longa reportagem: "É a morte do dólar?". Não, respondeu ouvindo Jim O'Neill, criador do acrônimo, para quem é preciso aguardar uns cinco anos. Abrindo a semana, o "Financial Times" avisou que os investidores seguem voltando aos Brics. ÀS COMPRAS
O "NYT" de domingo relatou como a crise financeira atingiu o Plaza, símbolo de Nova York que encerrou longa remodelação em setembro e viu os compradores sumirem. Mas eles começam a voltar. Cita dois, da Rússia e do Brasil. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br Texto Anterior: Outro lado: Militares criticam decisão de reabrir investigações Índice |
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