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Organização é alvo de investigação
FERNANDA KRAKOVICS
DA AGÊNCIA FOLHA
A Comissão do Meio Ambiente,
Defesa do Consumidor e Minorias, da Câmara dos Deputados,
encaminhou um relatório sobre
as ações do reverendo Moon, em
Mato Grosso do Sul, para a Receita Federal, em dezembro do ano
passado.
O relator do grupo, o deputado
Fernando Gabeira (PV-RJ), diz
que o objetivo é investigar a compra de terras no Estado pela Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial, liderada por
Moon.
O delegado da Receita Federal
em Campo Grande, Jorge Anibal
David, alegando direito de sigilo
fiscal, diz que não pode se pronunciar sobre o caso nem informar se o reverendo está sendo investigado.
A Associação das Famílias, de
acordo com a comissão, já comprou 156 mil hectares de terra no
Estado. Oficialmente, a entidade
fala em ter comprado um terço
dessa extensão. Desses, 12 mil
hectares estão localizados na serra
da Bodoquena, área em processo
para se tornar parque nacional. A
região foi vendida a Moon pelo
senador Lúdio Coelho (PSDB).
A avaliação feita pelo grupo de
trabalho é que os investimentos
estão sendo dirigidos para a compra de hotéis e, para a comissão,
tudo indica que o objetivo é desenvolver uma grande empresa
que explore o turismo ecológico
no Estado.
De acordo com o relatório, o líder espiritual queria construir
uma pista de pouso de quatro
quilômetros de extensão. "Não há
infra-estrutura para isso", afirma
o deputado.
Outro impasse é a cobrança de
impostos sobre a fazenda New
Hope, onde são ministrados cursos religiosos. Para a prefeitura,
como o local hospeda centenas de
estrangeiros por mês, o movimento deveria pagar ISS (Imposto Sobre Serviço). A organização,
porém, alega que a taxa cobrada
aos visitantes não é de hospedagem, e sim uma contribuição para
a Associação das Famílias.
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