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Decisão de juízes fortalece pressão contra reforma, dizem servidores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os servidores públicos avaliaram ontem, em Brasília, que a
greve iniciada no dia 8 deste mês
ficará politicamente fortalecida
com a paralisação de juízes estaduais e do Trabalho.
"[Uma greve de juízes] intensifica, fortalece o movimento. O
percentual de adesão não muda,
porque o número de juízes é pequeno, mas o poder de barganha
deles é muito forte", afirmou Gilberto Cordeiro, secretário-geral
da Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço
Público Federal).
Após reunião do comando nacional de greve, que avalia em
58% a adesão do funcionalismo à
greve em todo o país, Cordeiro
disse que há diferenças entre o
que querem os juízes e o que reivindicam os demais servidores,
mas que a pressão de todos será
contra a reforma da Previdência.
Na sexta-feira passada, o governo determinou a suspensão do
ponto eletrônico e que o registro
de presença dos funcionários seja
feito manualmente. Segundo a assessoria do Ministério do Planejamento, não há determinação para
cortar o ponto dos grevistas. Desde 11 de julho, o governo não
apresenta um balanço da greve.
A Cnesf (Coordenação Nacional de Entidades de Servidores
Federais), formada por 11 entidades, decidiu em reunião na tarde
de ontem uma série de atividades
para esta semana.
O principal objetivo é "cercar"
os deputados e pedir para que votem contra a PEC 40 -da reforma da Previdência. Os servidores
vão redigir uma carta aos congressistas, planejam visitas constantes ao Congresso e, às terças-feiras, farão concentração nos aeroportos para pressioná-los. A
Cnesf convocou também servidores federais parados nos Estados
para irem a Brasília ajudar no trabalho de pressão. A idéia é ter cinco servidores por deputado.
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