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São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2003

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Decisão de juízes fortalece pressão contra reforma, dizem servidores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os servidores públicos avaliaram ontem, em Brasília, que a greve iniciada no dia 8 deste mês ficará politicamente fortalecida com a paralisação de juízes estaduais e do Trabalho.
"[Uma greve de juízes] intensifica, fortalece o movimento. O percentual de adesão não muda, porque o número de juízes é pequeno, mas o poder de barganha deles é muito forte", afirmou Gilberto Cordeiro, secretário-geral da Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal).
Após reunião do comando nacional de greve, que avalia em 58% a adesão do funcionalismo à greve em todo o país, Cordeiro disse que há diferenças entre o que querem os juízes e o que reivindicam os demais servidores, mas que a pressão de todos será contra a reforma da Previdência.
Na sexta-feira passada, o governo determinou a suspensão do ponto eletrônico e que o registro de presença dos funcionários seja feito manualmente. Segundo a assessoria do Ministério do Planejamento, não há determinação para cortar o ponto dos grevistas. Desde 11 de julho, o governo não apresenta um balanço da greve.
A Cnesf (Coordenação Nacional de Entidades de Servidores Federais), formada por 11 entidades, decidiu em reunião na tarde de ontem uma série de atividades para esta semana.
O principal objetivo é "cercar" os deputados e pedir para que votem contra a PEC 40 -da reforma da Previdência. Os servidores vão redigir uma carta aos congressistas, planejam visitas constantes ao Congresso e, às terças-feiras, farão concentração nos aeroportos para pressioná-los. A Cnesf convocou também servidores federais parados nos Estados para irem a Brasília ajudar no trabalho de pressão. A idéia é ter cinco servidores por deputado.


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