São Paulo, quinta-feira, 22 de julho de 2004

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PAINEL

Na chuva 1
No entender do governo, o reajuste de até 81% nas mensalidades não é o único sinal de que as operadoras de saúde gostariam de se livrar dos usuários de planos individuais. Já existem empresas pagando corretagem somente a quem vende carteiras coletivas, mais rentáveis.

Na chuva 2
O governo identificou também operadoras que remuneram melhor os médicos credenciados quando atendem a clientes de planos coletivos.

De duas, uma
Mesmo aliados de José Dirceu na cúpula petista avaliam que a dimensão dada à Câmara de Política de Desenvolvimento Econômico, a ser presidida pelo ministro, não vá acabar bem. Ou então não dará em nada.

Monalisa
Apesar de manter as aparências, Luiz Fernando Furlan está furioso com a entrega da presidência da câmara "desenvolvimentista" a Dirceu. Palocci dá uma força à mágoa do colega.

Primeira classe
Os critérios de composição da Câmara de Política de Desenvolvimento Econômico intrigam o PL do ministro Alfredo Nascimento (Transportes). Ele cuida de infra-estrutura como Dilma Roussef (Minas e Energia). Ela está dentro. Ele, fora.

Garoto travesso
Segundo auxiliar de Lula, o proposta de elevar a contribuição patronal ao INSS deu pane já na decolagem, quando João Paulo Cunha tirou os pistões do motor. Palocci não gostou, mas percebeu logo que não havia como continuar a insistir na idéia.

Magoei
Enquanto a solução para a crise da Varig envolve cinco ministros e pelo menos quatro estatais credoras da empresa, Wagner Canhedo (Vasp) reclama que só consegue falar com o segundo escalão do Ministério da Defesa.

Fim de namoro 1
No núcleo da campanha de Marta Suplicy, já há quem defenda reação mais dura aos ataques de Paulo Maluf (PP). "Não tem jeito, vamos ter de bater nele", afirmou um petista.

Fim de namoro 2
Após o ex-prefeito ter elevado o tom contra a administração, o grupo pró-ataque argumenta que expor os números da gestão Maluf cairia como uma luva no discurso da petista sobre a situação financeira da cidade.

Airbag
Como resultado de pressão do PT, as regras definidas ontem para o debate da Record favorecem Marta Suplicy. Cada candidato a prefeito só responderá a uma pergunta. Com José Serra à frente nas pesquisas, os tucanos também não acharam ruim.

Súbita harmonia
Tucanos e petistas jogam juntos para adiar a data pretendida pela Record, 23 de agosto. Os dois partidos defendem dia 30, manobra para evitar que a emissora realize mais um debate antes da eleição em outubro.

Visitas à Folha
Romeu Tuma, senador do PFL, primeiro-secretário e corregedor do Senado, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Antônio Aggio Jr., assessor de imprensa.
 
Manoel Francisco Pires da Costa, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Pedro Paulo de Sena Madureira, vice-presidente.
 
Raul David do Valle Jr., diretor-presidente da CDHU (Companha de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Raquel Iglesias Verdenacci, superintendente de comunicação, e de Luciana Canuto, coordenadora de imprensa.

TIROTEIO

Do presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), sobre e-mail de auxiliar de Olívio Dutra (Cidades) que aponta campanha contra ministros que representariam a pureza do PT, fazendo-os passar por incompetentes:
- Isso só acontece quando não há chefe e cada qual toma seu partido. Agora são alas separadas que disputam para ver qual é mais incompetente.

CONTRAPONTO

Reduto portenho

Às vésperas do segundo turno das eleições paulistanas de 1992, Paulo Maluf, hoje no PP, estava em seu comitê de campanha, na Vila Olímpia. Jornalistas o aguardavam para uma última entrevista antes da votação.
O candidato disputava a etapa final contra o petista Eduardo Suplicy. O clima havia esquentado, com troca de farpas.
Durante todo o dia, a imprensa esperava do agitado candidato mais uma frase de impacto.
Um jornalista argentino, contudo, insistia com os assessores de Maluf para ouvir sozinho o candidato a prefeito.
Preocupado com a imagem internacional do chefe, um deles conseguiu interromper uma reunião por alguns segundos para pedir a Maluf que atendesse com exclusividade o correspondente argentino.
-Posso sim, basta você dizer quantos votos eu costumo ter em Buenos Aires!


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