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ELEIÇÕES 2006 / REGRAS DO JOGO
Justiça restringe imagem de Lula em SP
Ministro do TSE conclui que o presidente "invadiu" horário destinado ao candidato ao governo paulista Aloizio Mercadante
TRE ordena que o PT suspenda propagandas contra José Serra no horário eleitoral reservado aos candidatos à Câmara
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) Marcelo Ribeiro proibiu a propaganda do
candidato do PT ao governo de
São Paulo, Aloizio Mercadante,
no horário eleitoral gratuito no
rádio e na televisão, de veicular
a expressão "Lula Presidente".
Relator de uma ação movida
pelo presidenciável Geraldo
Alckmin (PSDB-PFL), Ribeiro
concedeu liminar com essa
proibição porque considerou
que a propaganda de Mercadante foi usada indevidamente
para promover Lula.
"Assisti à fita de vídeo anexada aos autos e verifiquei que,
enquanto o presidente da República manifesta seu apoio ao
candidato ao governo de São
Paulo de seu partido, inclusive
aludindo a uma parceria entre
gestões, estadual e federal, aparece imagem com a expressão
"Lula Presidente'", diz o ministro. Ele concluiu que houve "invasão" da propaganda de Lula
no programa do candidato a governador. A liminar foi concedida parcialmente. Alckmin pediu a suspensão do programa
em que Lula aparecia, mas o pedido foi negado nesse ponto.
O PSDB também entrou com
representações no TSE contra
as referências a Lula no horário
eleitoral gratuito de candidatos
ao governo de Minas e Paraíba.
Em outra frente, o ministro
Marcelo Ribeiro proibiu os
candidatos a deputado estadual
do PT ou de partidos aliados na
Bahia de utilizar a propaganda
eleitoral gratuita no rádio e na
TV para pedir votos a Lula.
No caso da Bahia, o pedido foi
feito pelo governador Paulo
Souto (PFL), que concorre à
reeleição. Ele disse que, no programa do dia 16, a coligação do
PT pediu votos a Lula e alegou
desvirtuamento da propaganda. A liminar de Ribeiro proíbe
a repetição desse programa.
No caso de Minas, a coligação
PSDB-PFL afirma que o horário eleitoral do candidato petista ao governo, Nilmário Miranda, do dia 18, fez propaganda indevida da candidatura de Lula.
A outra representação dos
tucanos e pefelistas é contra a
propaganda de José Maranhão
(PMDB), que concorre com o
apoio do PT. Eles alegam que a
propaganda foi desvirtuada para promover Lula.
São Paulo
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo proibiu a coligação de Aloizio Mercadante de
usar uma propaganda contra
José Serra (PSDB-SP) no espaço do horário eleitoral de TV
destinado à propaganda dos
candidatos a deputado federal.
A peça, veiculada na quinta,
atacava a decisão de Serra de
deixar o cargo de prefeito para
concorrer ao governo de São
Paulo após ter assinado uma
declaração na qual afirmava
que iria ficar na prefeitura até o
final do mandato. Segundo o
juiz auxiliar da propaganda
eleitoral do TRE, James Siano,
a propaganda não poderia ser
usada no espaço dos candidatos
a deputado porque não tem conexão com a disputa proporcional.
(SILVANA DE FREITAS)
Colaborou RUBENS VALENTE , da Reportagem
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