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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Lula muda agenda para tentar "salvar" PT
Reformulação de material gráfico, gravação de inserções e presença de ministros fazem parte da estratégia nos Estados
Presidente grava inserções para os programas de TV de todos os candidatos a governador; sigla é favorita só em Sergipe, Acre e Piauí
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em situação confortável nas
pesquisas e já fazendo planos
para o segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai mudar sua campanha a
partir de setembro para tentar
evitar um vexame de seu partido nas disputas estaduais.
A 40 dias da eleição, os candidatos a governador do PT não
decolaram. São a dor de cabeça
de uma campanha que é mais
tranqüila do que as mais otimistas projeções petistas previam. Em apenas três Estados
periféricos o PT é favorito:
Acre, Sergipe e Piauí. Juntos,
são meros 2,9% do eleitorado.
Muito pouco para um partido
que almeja, além de eleger o
presidente, fazer uma bancada
de 80 deputados federais e elevar os senadores de 12 para 15.
A mudança virá na agenda de
Lula, na participação de ministros nas campanhas estaduais e
na reformulação do material
gráfico. "O que o nosso pessoal
nos Estados precisa para crescer é vitamina L [de Lula]", diz
Romênio Pereira, que cuida da
estratégia no interior do Brasil.
Até agora, Lula privilegiou
grandes centros populacionais
do Sul e Sudeste, onde sua dianteira sobre Geraldo Alckmin é
menor. E ignorou Norte e Centro-Oeste. Isso agora mudará.
O PT calcula que tem grande
possibilidade de chegar a um
segundo turno em mais quatro
Estados: Rio Grande do Sul,
Pernambuco, Pará e Rondônia.
Há chances menores em Mato
Grosso do Sul, São Paulo e Bahia. No resto, fará figuração.
"A presença de Lula pode fazer a diferença entre haver segundo turno aqui ou não", diz
Charles Alcântara, da campanha de Ana Júlia no Pará. O último Ibope deu a ela 26% das
intenções de voto, 20 pontos
atrás de Almir Gabriel (PSDB).
Lula deve ir ao Pará em setembro. Incluirá Piauí e Sergipe na agenda. O presidente termina nessa semana de gravar
inserções para os programas de
TV de todos os petistas. Ministros como Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Marina Silva e
Tarso Genro foram escalados,
além do vice José Alencar.
Há ainda orientação para aumentar o destaque dado ao nome de Lula, à sua imagem e ao número 13 no material gráfico.
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