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JUSTIÇA
Juízes querem aumento de salário
Magistrados
ameaçam
fazer greve
da Agência Folha, em Maceió
Um grupo de 80 juízes federais,
estaduais e do trabalho, representando todas as associações de magistrados do país se reuniram em
Maceió (AL) discutindo a possibilidade de deflagração de uma greve nacional da categoria no país
no próximo mês.
Os juízes se dizem ""revoltados"
com o fato de não terem reajuste
salarial há cinco anos.
""O salário inicial de um juiz federal ou do trabalho é de R$ 3.800
e atinge, no máximo, R$ 5.800. É
uma situação que está revoltando
a categoria e deve gerar uma greve
geral", afirmou o vice-presidente
da Associação dos Magistrados de
Alagoas, Maurílio Ferraz.
Em Alagoas, o salário mínimo
de um juiz é de R$ 5.500 e pode
atingir R$ 9.600 com as vantagens. Segundo ele, os juízes reunidos em Maceió também cobram a
definição imediata do teto salarial
e as reformas no Judiciário.
O presidente do TST (Tribunal
Superior do Trabalho), ministro
Wagner Pimenta, fez ontem um
alerta aos juízes trabalhistas sobre
a ilegalidade da eventual participação em uma greve de magistrados pela fixação do teto salarial do
funcionalismo em R$ 12.720.
Pimenta afirmou que paralisações de juízes "não têm amparo
legal" e condenou particularmente a adesão por parte de juízes trabalhistas, que decidem sobre a
abusividade de greves de outras
categorias. Ele fez essas afirmações em ofício enviado a todos os
tribunais regionais do trabalho.
Pediu que essa orientação fosse
transmitida aos demais juízes da
área. Segundo ele, quem aderir ficará "pelo menos em situação de
grande constrangimento".
A proposta de paralisação também é rejeitada pela Associação
dos Juízes Federais do Brasil, que
aguarda até o fim do mês uma definição sobre o teto salarial do
funcionalismo.
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