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Planalto alimenta
"autofagia" entre aliados, diz Sarney
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador José Sarney
(PMDB-AP), 70, acha que a
pacificação do Senado será
uma tarefa árdua para o novo presidente da Casa, Ramez Tebet (PMDB-MS),
eleito na última quinta-feira
com 41 votos.
Para Sarney, qualquer presidente escolhido neste momento sem a unanimidade
da Casa teria dificuldades
em restabelecer a imagem
do Senado, desestabilizado
nos últimos dois anos por
atritos na base governista e
por processos traumáticos
contra os dois últimos presidentes, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader
Barbalho (PMDB-PA).
Na avaliação de Sarney,
manifestada a amigos, o Palácio do Planalto alimenta o
""enfraquecimento do Congresso" e a ""autofagia" entre
os partidos aliados. Na eleição de Tebet, houve 31 votos
em branco e 3 nulos, dados
principalmente por senadores do PFL e da oposição. O
ex-ministro (Integração Nacional) teve apoio do PSDB,
mas o PMDB rachou.
Ex-presidente da República (1985-89) e do Senado
(85-87), Sarney colocou seu
nome à disposição do
PMDB para ser indicado
presidente da Casa desde
que não houvesse disputa.
""O que adianta ser presidente [do Senado" sem contar com o apoio de todo
mundo? Nada!", disse.
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