São Paulo, sábado, 22 de setembro de 2001

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Planalto alimenta "autofagia" entre aliados, diz Sarney

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador José Sarney (PMDB-AP), 70, acha que a pacificação do Senado será uma tarefa árdua para o novo presidente da Casa, Ramez Tebet (PMDB-MS), eleito na última quinta-feira com 41 votos.
Para Sarney, qualquer presidente escolhido neste momento sem a unanimidade da Casa teria dificuldades em restabelecer a imagem do Senado, desestabilizado nos últimos dois anos por atritos na base governista e por processos traumáticos contra os dois últimos presidentes, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA).
Na avaliação de Sarney, manifestada a amigos, o Palácio do Planalto alimenta o ""enfraquecimento do Congresso" e a ""autofagia" entre os partidos aliados. Na eleição de Tebet, houve 31 votos em branco e 3 nulos, dados principalmente por senadores do PFL e da oposição. O ex-ministro (Integração Nacional) teve apoio do PSDB, mas o PMDB rachou.
Ex-presidente da República (1985-89) e do Senado (85-87), Sarney colocou seu nome à disposição do PMDB para ser indicado presidente da Casa desde que não houvesse disputa.
""O que adianta ser presidente [do Senado" sem contar com o apoio de todo mundo? Nada!", disse.


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