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PT promete reduzir despesas do governo
JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O principal assessor econômico
do PT, Guido Mantega, admitiu
ontem a necessidade de corte de
gastos em um eventual governo
de Luiz Inácio Lula da Silva.
O economista acenou também
com a possibilidade de renegociação de dívidas brasileiras com instituição multilaterais, como o BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o Banco Mundial.
De acordo com o economista,
entre os gastos que poderiam ser
cortados estão a diminuição da
despesa com juros e "custeio".
Mantega citou a racionalização
dos gastos do governo, inclusive
de projetos sociais "que se encavalam", e a redução da corrupção.
O economista não especificou,
porém, como medidas de combate à corrupção teriam impacto rápido nos gastos governamentais.
"Isso o PT sabe fazer. São medidas importantes, como a redução
do custo de obras e serviços contratados pelo governo entre 20% e
30%", completou o economista.
Segundo Mantega, a diminuição dos gastos com juros pode ser
alcançada por meio do aumento
da confiança dos investidores nos
fundamentos econômicos brasileiros, pela queda do risco-país e
pela criação de superávits primários (receitas menos despesas antes do pagamento de juros).
A diminuição dos gastos do governo no ano que vem foi defendida também por outros economistas que estavam presentes no
seminário "Os Rumos da Economia Brasileira", do qual participou Mantega, em São Paulo. Entre eles, Gesner Oliveira, coordenador do programa do candidato
José Serra, o deputado federal
Delfim Netto (PPB-SP) e José Júlio Senna, um dos cotados para o
Banco Central, em um eventual
governo petista.
Para Mantega, o Brasil tem uma
situação "tranquila" em relação
ao vencimento de dívidas com os
organismos multilaterais. Segundo o economista, no dia seguinte
às eleições, se Lula vencer, será
montada uma agenda com as
principais tarefas do novo governo. Estariam vislumbradas aí a reforma tributária e da Previdência.
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