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Pesquisa aponta que petista
típico envelheceu e é católico
da Reportagem Local
O militante petista típico envelheceu, quer a revisão das privatizações já realizadas, é funcionário
público e católico. Essas são algumas das constatações de pesquisa
feita pela partido junto aos delegados de sua última convenção nacional, realizada em setembro.
O trabalho, editado pelo PT, traz
como base comparativa os delegados do congresso partidário de 91.
De lá para cá, diminuiu de 35% para os atuais 19% o percentual de
delegados petistas com até 30
anos.
No mesmo período, os convencionais de 41 anos ou mais passaram de 19% para 32%.
Exatos 33% dos delegados da última convenção nacional do PT
são funcionários públicos. O fato
talvez explique a defesa que o partido faz de reivindicações corporativas. Os assalariados com carteira
profissional assinada representam
20% da militância petista.
Formado em grande parte por
ex-militantes de organizações de
esquerda que viam na religião o
"ópio do povo", o PT abriga, porém, expressiva maioria que se declara católica.
Dos entrevistados na convenção
de 97, 57% se dizem católicos. O
PT não acompanhou o crescimento dos evangélicos na população
brasileira: apenas 2% dos militantes afirmam que pertencem a alguma igreja evangélica.
A ortodoxia da esquerda, de
qualquer moda, ainda tem voz no
partido: 30% dos petistas não têm
religião, uma taxa sem dúvida
muito superior àquela extraída do
conjunto da população do país.
Privatização
O discurso da cúpula e dos parlamentares do PT contra as privatizações é respaldado pela militância da agremiação. Dos consultados na convenção, 61% se declaram a favor da estatização de "setores estratégicos" e pela revisão
das privatizações já realizadas.
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