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São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2003

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PAINEL

Giro de torneira
Ministros e deputados aliados reclamam da escassez de recursos, mas é fato que o governo começou a liberar dinheiro do Orçamento. Nos últimos 50 dias, as pastas com maior número de emendas fizeram mais investimentos do que nos primeiros nove meses da administração.

Chuva recente
Preferido para as emendas parlamentares, o Ministério dos Transportes investiu R$ 271 milhões neste ano. Do total, 58,8% foram repassados a partir de 1º de setembro. Na Integração Nacional, os investimentos liberados nos últimos 50 dias representam 62% do total repassado desde o início de janeiro.

Campo minado
Preocupado com questões de segurança interna, o próprio governo da Arábia Saudita tomou a iniciativa de recomendar que o país fosse retirado do roteiro da viagem de Lula ao Oriente Médio no início de dezembro.

Aversão ao risco
Em razão do telhado de vidro de alguns colegas de bancada, Renan Calheiros estuda sugerir nome de perfil técnico para a vaga no ministério que caberá a um dos senadores do PMDB. O alagoano teme se queimar por tabela se o indicado terminar envolvido em escândalo.

Dublê de ministro
O tucano Paulo Kobayashi (SP), um dos poucos deputados de origem oriental, apareceu na terça-feira na Câmara com cavanhaque grisalho. Resolveu retirá-lo no dia seguinte, depois de ser confundido diversas vezes com o ministro Luiz Gushiken.

Troco
Aliados de ACM na Câmara decidiram lançar um candidato à liderança do PFL com o objetivo de derrotar José Carlos Aleluia (BA). A entrevista em que o atual líder criticou ACM Neto foi o estopim do desentendimento entre o senador baiano e Jorge Bornhausen.

Baú revirado
Documentos apreendidos no escritório do empresário Wagner Rocha, em SP, indicam sua ligação com o juiz João Carlos da Rocha Mattos, preso na Operação Anaconda. Além de pilhas de correspondências endereçadas ao magistrado, havia decisões em branco e processos originais assinados por Mattos.

Cobras e lagartos
Bilhete de um ministro do STJ para Rocha Mattos e dossiê contra um juiz estavam no material recolhido do escritório de Wagner Rocha. Preso preventivamente, ele é acusado de integrar a organização criminosa envolvida em corrupção e venda de sentenças judiciais.

Como os mortais
O presidente da Câmara, João Paulo Cunha, instala na próxima semana comissão para analisar proposta de emenda constitucional que cria férias anuais de 30 dias para os parlamentares. Hoje, o recesso é de 90 dias.

Visitas à Folha
Guido Mantega, ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Demian Fiocca, secretário de assuntos internacionais, e de Ricardo Moraes, assessor especial do ministro.
 
José Graziano da Silva, ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Dorian Vaz, assessora de imprensa, e das assessoras do pool de comunicação do Fome Zero Flávia Torreão, Maristela Mafei e Patrícia Marins.
 
O deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), presidente da Comissão de Reforma do Judiciário no Congresso, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Luís Henrique Amaral, assessor de imprensa.

TIROTEIO

Do deputado federal tucano Luis Carlos Hauly (PR), sobre Geraldo Alckmin ter afirmado que o PSDB tem muito a aprender com o PT:
-Discordo do governador Alckmin. Nós não temos nada a aprender com o PT, que construiu sua vitória em cima de mentiras e promessas não cumpridas. Temos, aliás, de ser o contrário do PT.

CONTRAPONTO

Pela porta aberta

No início de 2000, o deputado tucano Antonio Carlos Pannunzio (SP) convocou reunião entre a bancada do partido e os então ministros da Saúde, José Serra, e da Educação, Paulo Renato.
Antes da chegada dos dois, um jornalista aproveitou a porta aberta para entrar no apartamento, servir-se de uísque e entabular conversa. Na segunda dose, o anfitrião o abordou:
-Desculpe, amigo, mas o encontro é fechado à imprensa.
O repórter disse que se confundira. Seu destino era o apartamento vizinho, do também tucano Rafael Guerra (MG). Para evitar novos incidentes, Pannunzio fechou a porta. Como esperava outros convidados, Guerra deixou a sua aberta.
Meia hora depois, Serra e Paulo Renato entraram na sala de Guerra, que esclareceu:
-Ministros, a presença de vocês é uma honra. Mas o Pannunzio mora na porta ao lado!


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