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São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2003

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Senador diz ter usado "expressões inadequadas"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em entrevista ontem à Folha, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) admitiu que foi "mais agressivo do que deveria" e que usou "expressões inadequadas" contra o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), a quem não pretendia ofender. Mas ele disse acreditar que ambos tiraram lições do episódio. A seguir, trechos da entrevista. (RU)
 

Folha - A carta encerra o caso?
Antonio Carlos Magalhães
-Encerra. Na carta, eu deixei claro que não disse aos jornalistas que Bornhausen era desonesto. Devo ter usado expressões inadequadas, mas nunca pensei em acusá-lo de ladrão. Até porque muitas vezes o defendi, com a consciência tranquila de que estava fazendo o certo. E sempre disse que ele é um bom presidente de partido.

Folha - Como é que vai ser o relacionamento, daqui para a frente?
ACM
- Acho que, se eu aprendi alguma coisa, também o presidente Bornhausen deve ter visto que, quanto mais o partido for aberto, mais fortalecido ele próprio fica. E, portanto, o partido tem de ser participante.

Folha - E o sr., o que aprendeu?
ACM
- Reconheci que na conversa com ele fui mais agressivo do que eu deveria, tendo em conta que o partido colocou, à sua revelia, matéria no site do PFL, que não poderia ser posta por nenhum dos seus membros. Mas ele [Bornhausen] não era o responsável. Consequentemente, não deveria ter sido o motivo da minha ira, que deveria ter sido transferida para a reunião partidária. Eu não deveria ter dito o que disse.

Folha - A carta é um pedido de desculpas?
ACM
- A carta não fala em desculpas, mas reconhece a honestidade dele.


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