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Senador diz ter
usado "expressões
inadequadas"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em entrevista ontem à Folha, o senador Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA) admitiu
que foi "mais agressivo do que
deveria" e que usou "expressões inadequadas" contra o
presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), a quem não pretendia ofender. Mas ele disse
acreditar que ambos tiraram lições do episódio. A seguir, trechos da entrevista.
(RU)
Folha - A carta encerra o caso?
Antonio Carlos Magalhães-Encerra. Na carta, eu deixei claro que não disse aos jornalistas
que Bornhausen era desonesto.
Devo ter usado expressões inadequadas, mas nunca pensei
em acusá-lo de ladrão. Até porque muitas vezes o defendi,
com a consciência tranquila de
que estava fazendo o certo. E
sempre disse que ele é um bom
presidente de partido.
Folha - Como é que vai ser o relacionamento, daqui para a
frente?
ACM - Acho que, se eu aprendi alguma coisa, também o presidente Bornhausen deve ter
visto que, quanto mais o partido for aberto, mais fortalecido
ele próprio fica. E, portanto, o
partido tem de ser participante.
Folha - E o sr., o que aprendeu?
ACM - Reconheci que na conversa com ele fui mais agressivo do que eu deveria, tendo em
conta que o partido colocou, à
sua revelia, matéria no site do
PFL, que não poderia ser posta
por nenhum dos seus membros. Mas ele [Bornhausen]
não era o responsável. Consequentemente, não deveria ter
sido o motivo da minha ira,
que deveria ter sido transferida
para a reunião partidária. Eu
não deveria ter dito o que disse.
Folha - A carta é um pedido de
desculpas?
ACM - A carta não fala em desculpas, mas reconhece a honestidade dele.
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