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Serra evita polemizar, mas diz que 2 craques podem jogar juntos
Governador recorre a metáfora para rebater petista, que tinha
dito duvidar de time com "2 Tostões", sobre chapa puro-sangue
Para o vice-governador Alberto Goldman, o "futuro dos dois [Serra e Aécio] está ligado'; Kassab (DEM) diz que chapa seria "excelente"
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Potencial candidato do PSDB
à Presidência, o governador de
São Paulo, José Serra, recorreu,
a exemplo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, a metáfora
futebolística para defender a
edição de uma chapa puro-sangue para o cargo.
Apesar da intenção de driblar
um confronto com Lula -com
quem se reúne amanhã- Serra
disse que dois Ademir da Guia
podem, sim, ser convocados para o mesmo time. Horas antes,
Lula lançara dúvidas sobre a
eficiência de uma chapa Serra-Aécio Neves (MG), sob o argumento de que fracassaria uma
equipe com dois Tostões.
Serra alega que desconhecia
a declaração de Lula ao falar sobre a escalação. "Acho que,
quando um jogador é muito
bom, mesmo jogando na mesma posição... Peraí... Acho que,
quando um jogador é muito
bom, dá para duplicar, encontra um jeito de se arrumar no
campo", disse Serra.
Questionado se a tática se
aplicaria à política, esquivou-se: "Vamos pensar a esse respeito". "Achei que era algum
programa esportivo", encerrou
Serra, que, sob cerco de jornalistas, entrou por engano no
carro reservado aos seguranças
à saída da Conferência Internacional de Direitos Humanos.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), reafirmou a proposta para que Aécio
ocupe a vice de Serra. Para ele,
seria "excelente".
Segundo o vice-governador
Alberto Goldman, o "futuro dos
dois [Serra e Aécio] está ligado". "Vamos trabalhar para que
se concretize."
Embora evite comentar o
Datafolha, Serra recomendou
que tucanos ressaltassem a retirada do nome da vereadora
Heloísa Helena (PSOL-AL) como determinante para que a
ministra Dilma Rousseff (Casa
Civil) tenha alcançado 23%.
A aliados Serra apontou como positiva a consolidação de
um patamar de 37%. Para o sociólogo Antonio Lavareda, o
desempenho se deve à exposição da ministra ao lado de Lula
na propaganda política. "Nada
que Serra tivesse feito impediria esse crescimento", disse Lavareda, rechaçando a ideia de
que o crescimento exija mudança de estratégia.
Aliados do secretário da Casa
Civil, Aloysio Nunes Ferreira,
disseram que o candidato ao
governo de São Paulo ainda não
está definido.
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