São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 2003 |
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PAINEL Exclusão social Marta Suplicy, que na segunda-feira criticou em reunião do PT o ministro José Graziano pela condução do "Fome Zero", queria que a cidade de São Paulo fosse incluída na primeira leva de municípios a serem atendidos pelo programa. A prefeita paulistana não foi ouvida. Fila de espera José Graziano (Combate à Fome) optou por priorizar 959 cidades do semi-árido nordestino. Se incluísse SP, como queria Marta Suplicy, outras capitais, como o Rio de Janeiro, também teriam de ser atendidas pelo programa, que deverá dispor de R$ 1,8 bilhão no primeiro ano. Publicidade federal Além de reordenar as conduções da reforma da Previdência e do "Fome Zero", Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) atuará em todos os projetos prioritários do governo. O Planalto quer unificar a linguagem, a fim de não ter cada pasta atirando numa direção. Clima de guerra O governo chamou a Igreja Universal para colaborar com o "Fome Zero". Bispo Rodrigues disse que os 250 mil obreiros da Universal podem ser usados na captação e distribuição de alimentos, principalmente nas regiões dominadas pelo tráfico, onde o poder público não entra. Meio tarde Comentário de Anderson Adauto (Transportes) a um interlocutor, ontem, sobre continuar no cargo mesmo após as denúncias de irregularidades em Minas: "Se eu saísse agora, estaria todo arrebentado". Campo minado Roberto Requião (PMDB) avisou ao Planalto que não recepcionaria Lula hoje, caso a posse de Jorge Samek (Itaipu), fosse na Federação das Indústrias do Paraná, como queria a equipe precursora da viagem. José Carvalho, presidente da federação, foi o coordenador da campanha do rival Álvaro Dias (PDT). Da série "Novos Tempos" O aumento dos juros, ontem, seria condenado pelo José Dirceu de 2001, conforme artigo em seu site: "A queda dos juros reais diminuirá os encargos da dívida pública, permitindo que recursos (...) sejam usados para políticas públicas de combate ao desemprego e à exclusão social". Ah, bom Resposta que está virando moda no PT para quem indaga sobre as contradições do partido entre a época de oposição e a de governo: "Antes estávamos numa disputa política". Troca-troca Renan Calheiros deve ficar com a liderança do PMDB até setembro, quando assumiria a presidência do partido. O acordo está sendo negociado pelo Planalto com as duas alas do PMDB para dar uma saída honrosa ao senador, que queria mesmo era presidir o Senado. Efeitos colaterais Se o acordo costurado pelo Planalto com Calheiros for realmente fechado, Pedro Simon terá de engolir seco e adiar até setembro seu plano de liderar a bancada do PMDB no Senado. Outro problema é Orestes Quércia, que quer presidir o partido. Sem frentes Em reunião com Ciro (Integração Nacional), governadores do NE pediram o fim das frentes de trabalho. Consideram que, no novo modelo de combate aos efeitos da seca, é melhor investir em projetos educacionais. Visita à Folha Paulo Hartung (PSB), governador do Espírito Santo, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do tenente-coronel Helvio Andrade, subchefe da Casa Militar do governo do ES, e de Luiz Carlos Azedo, diretor da CDN (Casa da Notícia). TIROTEIO Do presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, Orlando Fantazzini (PT), sobre o projeto que acaba com o inquérito policial, elaborado pela comissão e apresentado ao Ministério da Justiça: - O inquérito policial é instrumento da Idade Média. É tão ultrapassado que só serve para corromper policiais. A responsabilidade das investigações tem de ficar nas mãos do Ministério Público. Quanto à polícia, cabe relatar as ocorrências. CONTRAPONTO Lugares trocados
Na campanha de 1990, José
Sarney (PMDB) disputou a eleição ao Senado pelo Amapá. Na
época, o maranhense pretendia
apoiar o candidato do PT ao governo do Estado, Gilson Rocha,
formando uma coligação. |
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