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Governo tem plano B para Previdência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo tem um plano B para
a reforma da Previdência, caso as
discussões em torno de mudanças constitucionais para a criação
de um regime único de aposentadorias sejam mais difíceis do que
o esperado.
O ministro-chefe da Casa Civil,
José Dirceu, disse a interlocutores
que a alternativa seria aprovar um
projeto de lei complementar enviado por Fernando Henrique
Cardoso ao Congresso.
O ministro Ricardo Berzoini
(Previdência) também cogita lançar mão desse projeto no futuro.
A proposta prevê a criação de
fundos de previdência para complementar as aposentadorias dos
novos servidores, que estariam limitadas a um teto equivalente ao
do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) - hoje de R$ 1.561.
Ou seja, aqueles que ingressarem no serviço público após a
aprovação da lei perderiam o direito à aposentadoria integral,
mas teriam a possibilidade de
complementar seus benefícios.
Para os atuais funcionários públicos, o texto dá o direito de optar entre os regimes antigo e novo.
O projeto de lei complementar
(conhecido como PL 9) está parado na Câmara desde 2000. Embora o texto-base já tenha sido aprovado em plenário, destaques
apresentados por partidos de
oposição (entre eles o PT e o PDT)
ainda não foram votados. Se forem retirados pelos partidos, o
projeto já pode ir para o Senado.
A diferença entre o PL 9 e a reforma do governo PT é o grau de
abrangência do teto único. Na
proposta petista, a intenção é mudar o artigo 40 da Constituição e
tornar obrigatório o teto para todo o funcionalismo.
(JULIANNA SOFIA E KENNEDY ALENCAR)
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