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São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 2003

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Previdência é prioridade para SP e ES

DA REPORTAGEM LOCAL

O encontro entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Hartung (PSB), ontem à tarde, em São Paulo, deu mostras de que não deverá ser fácil para os 27 governadores do país afinar um discurso em torno das reformas tributária e da Previdência e apresentá-lo ao governo do presidente Lula.
Alckmin, governador de São Paulo, e Hartung, governador do Espírito Santo, defenderam a necessidade de a reforma da Previdência ser feita antes da tributária.
Anteontem, o paulista, após ter se reunido com o governador de Minas, Aécio Neves, havia dito que as duas reformas poderiam ser feitas de maneira simultânea.
O mineiro, que enfrenta crise financeira em seu Estado, defende que o governo petista dê prioridade à reforma tributária.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer ouvir as propostas dos 27 governadores sobre os dois temas no próximo mês.
"Eu encaminharia primeiro a reforma da Previdência", disse Alckmin. "Mas nada impede que você vá discutindo também a tributária", completou. A afirmação foi endossada por Hartung.
São Paulo tem um déficit anual com seu sistema previdenciário de R$ 7,4 bilhões ano. A reforma da Previdência estadual está parada na Assembléia à espera das mudanças na esfera federal.
Hartung propôs que o governo petista encaminhe a reforma da Previdência para, assim que ela seja votada na Câmara, as propostas de mudanças nos tributos possam dar entrada na Casa. "É o que disse o [José] Genoino [presidente do PT], afirmou o governador.
O encontro do tucano com Hartung ontem à tarde foi o terceiro do paulista com outros governadores -todos no Palácio dos Bandeirantes- em menos de um mês. Alckmin começa a se viabilizar como um dos principais líderes políticos do país.
Para Hartung, Alckmin têm "assumido uma liderança importante na questão das reformas".
O governador do Espírito Santo afirmou ainda que buscou com o colega saídas para a grave crise financeira que seu Estado atravessa. "Temos uma dívida de restos a pagar de R$ 1,3 milhão e três folhas de pagamento atrasadas", disse Hartung.


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