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Previdência é prioridade para SP e ES
DA REPORTAGEM LOCAL
O encontro entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Hartung
(PSB), ontem à tarde, em São Paulo, deu mostras de que não deverá
ser fácil para os 27 governadores
do país afinar um discurso em
torno das reformas tributária e da
Previdência e apresentá-lo ao governo do presidente Lula.
Alckmin, governador de São
Paulo, e Hartung, governador do
Espírito Santo, defenderam a necessidade de a reforma da Previdência ser feita antes da tributária.
Anteontem, o paulista, após ter
se reunido com o governador de
Minas, Aécio Neves, havia dito
que as duas reformas poderiam
ser feitas de maneira simultânea.
O mineiro, que enfrenta crise financeira em seu Estado, defende
que o governo petista dê prioridade à reforma tributária.
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva quer ouvir as propostas dos
27 governadores sobre os dois temas no próximo mês.
"Eu encaminharia primeiro a
reforma da Previdência", disse
Alckmin. "Mas nada impede que
você vá discutindo também a tributária", completou. A afirmação
foi endossada por Hartung.
São Paulo tem um déficit anual
com seu sistema previdenciário
de R$ 7,4 bilhões ano. A reforma
da Previdência estadual está parada na Assembléia à espera das
mudanças na esfera federal.
Hartung propôs que o governo
petista encaminhe a reforma da
Previdência para, assim que ela
seja votada na Câmara, as propostas de mudanças nos tributos possam dar entrada na Casa. "É o que
disse o [José] Genoino [presidente do PT], afirmou o governador.
O encontro do tucano com Hartung ontem à tarde foi o terceiro
do paulista com outros governadores -todos no Palácio dos
Bandeirantes- em menos de um
mês. Alckmin começa a se viabilizar como um dos principais líderes políticos do país.
Para Hartung, Alckmin têm
"assumido uma liderança importante na questão das reformas".
O governador do Espírito Santo
afirmou ainda que buscou com o
colega saídas para a grave crise financeira que seu Estado atravessa. "Temos uma dívida de restos a
pagar de R$ 1,3 milhão e três folhas de pagamento atrasadas",
disse Hartung.
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