São Paulo, sexta-feira, 23 de janeiro de 2004

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OPERAÇÃO ANACONDA

Dirceu Bertin depôs ontem no TRF

Ex-corregedor nega ter favorecido policiais acusados de agressão

DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado da Polícia Federal Dirceu Bertin disse ontem em interrogatório no Tribunal Regional Federal em São Paulo que não protegeu o também delegado José Augusto Bellini quando era corregedor da PF em São Paulo.
Bertin é acusado pela Operação Anaconda de ter arquivado uma investigação em que Bellini e o agente da PF César Herman Rodriguez eram acusados de ter agredido duas vendedoras e uma criança durante visita a uma feira em São Vicente, no litoral sul do Estado de São Paulo.
O advogado de Bertin, Leônidas Scholz, disse que não houve desvio por parte de seu cliente. "Eles [Bellini e Rodriguez] estavam lá como cidadãos comuns, não como policiais federais. Foi uma desinteligência entre vendedor e comprador", afirmou.
Segundo Scholz, Bertin não determinou o arquivamento do caso, mas acolheu dois pedidos para esse procedimento fosse adotado. Anteriormente, o Ministério Público em São Vicente já havia adotado a mesma posição, de acordo com o advogado.
Quando o caso foi encaminhado à corregedoria-geral da PF em Brasília, ainda segundo Scholz, foi mantido o arquivamento.
Por isso, disse o advogado, não faz sentido a acusação de que o delegado Bertin integre a suposta quadrilha de juízes, policiais e empresários envolvida com a venda de sentenças judiciais.
O Ministério Público Federal em outubro passado chegou a pedir a prisão do ex-corregedor da PF em São Paulo. A solicitação foi negada. Na oportunidade, Bellini e Rodriguez foram detidos pela Operação Anaconda.


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