São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 2000


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NO AR
Trabalhando

NELSON DE SÁ
da Reportagem Local

Estava no serviço da Radiobrás, como ordem da secretaria de Comunicação:
- A marca do governo federal passa a ser de uso obrigatório na publicidade de utilidade pública, institucional, legal e mercadológica e nas novas placas e painéis de identificação de obras e projetos.
É a marca de FHC. Da publicidade legal aos comerciais de TV, lá estará:
- Governo federal. Trabalhando em todo o Brasil.
"Em todo o Brasil" tem motivação evidente no esforço de identificar como de FHC obras que os governadores andaram tomando para si.
Mas realmente curiosa é a expressão "trabalhando", depois das pesquisas que apontaram para FHC a imagem de quem trabalha pouco.

O PFL esperneou, mas já dá sinais de resignação.
O ministro pefelista da Previdência reuniu-se com FHC para "uniformizar os valores" sobre o salário mínimo. A Globo News até ironizou:
- Obedece quem tem juízo.
Diálogo de ministro e repórter, na saída da reunião:
- Deve-se dar o mais alto salário mínimo possível.
- Mas a posição do PFL é US$ 100, não o mais alto.
- A do governo é o mais alto salário mínimo possível.
- Essa é a sua bandeira?
- Essa é a minha bandeira.
De quebra, o ministro disse, repetindo FHC, que o valor só sai no final de abril.
Fechando o dia, Inocêncio Oliveira afirmou que o PFL mantém o "sentimento da governabilidade" e apóia o texto acertado por FHC para a emenda que limita medidas provisórias.

A Globo morde FHC com Alexandre Garcia e Délis Ortiz, no Jornal Nacional, e assopra com Arnaldo Jabor, Franklin Martins e Carlos Monforte, no Jornal da Globo, no Bom Dia Brasil e no Hoje. Quer ser a concorrência de si mesma.

E-mail: nelsonsa@uol.com.br


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