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Em evento, líder do MST
faz cobrança a petista
DO ENVIADO A SIDROLÂNDIA (MS)
Diante de cerca de 2.000 trabalhadores rurais assentados e
acampados de Mato Grosso do
Sul, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva ouviu de um integrante
da coordenação nacional do MST
pedidos de "rapidez" e "eficiência" na reforma agrária.
Em discurso, Egídio Brunetto
disse que o governo precisa cumprir todas as metas anunciadas
pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. "Esperamos que,
em 2005, o governo consiga cumprir todas as suas metas. A reforma agrária não tem mais volta."
Até agora, desde que assumiu a
Presidência, Lula não conseguiu
cumprir nenhuma meta de assentamentos. Em 2004, 81 mil famílias foram beneficiadas, diante de
uma meta de 115 mil.
"Nós precisamos avançar mais,
como mais rapidez e eficiência",
disse Brunetto, que, em 2003, em
cerimônia no Palácio do Planalto,
pôs um boné do MST em Lula. À
época, a oposição criticou o gesto
como sinal de "conivência" com
as invasões de terra.
Em seu discurso, Lula respondeu a Brunetto. Disse que, "com
ou sem razão", as entidades têm o
direito democrático de protestar:
"Eu não peço mais paciência não,
viu Egídio, paciência eu tenho que
ter todo santo dia. Eu sou corintiano. Então, cada vez que eu vejo
o Corinthians na televisão, eu falo:
eu tenho que ter paciência e não
quebrar a televisão".
Lula disse que a realização da reforma agrária é algo "irreversível"
no país. E criticou o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) por ter criado assentamentos sem infra-estrutura (água, luz
e esgoto), o que causou um êxodo
no campo. "Então, passa a ser a
síndrome da loucura, porque eu
coloco um [trabalhador no campo] e saem oito."
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