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Lula venceria em 1º turno contra 7 opositores, diz pesquisa
ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
venceria no primeiro turno as
eleições presidenciais, se elas
ocorressem hoje, em cinco cenários diferentes e contra sete concorrentes. A aprovação pessoal e
de governo permaneceram estáveis, ou seja, oscilaram dentro da
margem de erro desde a última
medição, em dezembro.
As simulações avaliaram possíveis embates entre Lula e o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho (PMDB), os governadores
tucanos de MG, Aécio Neves, e de
SP, Geraldo Alckmin, os prefeitos
do Rio, César Maia (PFL), e de SP,
José Serra (PSDB), o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. Em todas, Lula seria reeleito no primeiro turno.
Garotinho, terceiro colocado na
eleição de 2002, ficou em segundo
em quase todos os cenários de
primeiro turno colocados -apesar de não alcançar 16%.
Foram avaliados cinco cenários
de segundo turno, mas nenhum
tinha Garotinho. Entre os tucanos, o que se saiu melhor foi Serra, que em segundo turno ficaria
com 29,9%, contra 52% de Lula.
No primeiro turno, Serra ficaria
em segundo lugar, com 18,3%
-caso em que Garotinho cai de
segundo para terceiro lugar.
FHC teve índice "muito baixo
para um ex-presidente", diz o
Sensus. Ficaria em terceiro lugar
em primeiro turno, atrás de Garotinho, e com 22,9% em segundo
turno em que Lula teria 56,8%.
Em outro cenário, Alckmin ficaria em terceiro no primeiro turno,
com 12,9%, e 21,4% em 2º turno.
Segundo Clésio Andrade, presidente da CNT e vice-governador
de Minas pelo PL, os resultados
mostram o carisma de Lula. Apesar de a avaliação do desempenho
pessoal de Lula ter chegado a
66,1% -índice mais alto desde
2003-, a aprovação do governo
foi de 44,5% em dezembro para
42,6% em fevereiro. A margem de
erro é de três pontos percentuais.
Para o presidente da CNT, entidade que patrocinou a pesquisa, a
economia continua sendo o "carro-chefe" dos bons índices de
aprovação do governo. Mesmo
assim, a pesquisa mostrou que
grande parte da população acha
que o custo de vida subiu.
O Instituto Sensus ouviu 2.000
pessoas em 24 Estados entre 15 e
17 de fevereiro. O estudo foi encomendado pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e é
feito a cada dois meses. A escolha
das 195 cidades foi feita por sorteio de acordo com representatividade populacional. A pesquisa
leva em conta amostragem com
fatores como sexo, escolaridade,
renda. A margem de erro é de três
pontos para mais ou para menos,
com índice de confiança de 95%.
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