São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

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Lula venceria em 1º turno contra 7 opositores, diz pesquisa

ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria no primeiro turno as eleições presidenciais, se elas ocorressem hoje, em cinco cenários diferentes e contra sete concorrentes. A aprovação pessoal e de governo permaneceram estáveis, ou seja, oscilaram dentro da margem de erro desde a última medição, em dezembro.
As simulações avaliaram possíveis embates entre Lula e o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho (PMDB), os governadores tucanos de MG, Aécio Neves, e de SP, Geraldo Alckmin, os prefeitos do Rio, César Maia (PFL), e de SP, José Serra (PSDB), o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em todas, Lula seria reeleito no primeiro turno.
Garotinho, terceiro colocado na eleição de 2002, ficou em segundo em quase todos os cenários de primeiro turno colocados -apesar de não alcançar 16%.
Foram avaliados cinco cenários de segundo turno, mas nenhum tinha Garotinho. Entre os tucanos, o que se saiu melhor foi Serra, que em segundo turno ficaria com 29,9%, contra 52% de Lula. No primeiro turno, Serra ficaria em segundo lugar, com 18,3% -caso em que Garotinho cai de segundo para terceiro lugar.
FHC teve índice "muito baixo para um ex-presidente", diz o Sensus. Ficaria em terceiro lugar em primeiro turno, atrás de Garotinho, e com 22,9% em segundo turno em que Lula teria 56,8%. Em outro cenário, Alckmin ficaria em terceiro no primeiro turno, com 12,9%, e 21,4% em 2º turno.
Segundo Clésio Andrade, presidente da CNT e vice-governador de Minas pelo PL, os resultados mostram o carisma de Lula. Apesar de a avaliação do desempenho pessoal de Lula ter chegado a 66,1% -índice mais alto desde 2003-, a aprovação do governo foi de 44,5% em dezembro para 42,6% em fevereiro. A margem de erro é de três pontos percentuais.
Para o presidente da CNT, entidade que patrocinou a pesquisa, a economia continua sendo o "carro-chefe" dos bons índices de aprovação do governo. Mesmo assim, a pesquisa mostrou que grande parte da população acha que o custo de vida subiu.
O Instituto Sensus ouviu 2.000 pessoas em 24 Estados entre 15 e 17 de fevereiro. O estudo foi encomendado pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e é feito a cada dois meses. A escolha das 195 cidades foi feita por sorteio de acordo com representatividade populacional. A pesquisa leva em conta amostragem com fatores como sexo, escolaridade, renda. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.


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