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Testemunhos
têm lacunas
da Sucursal do Rio
Os depoimentos das testemunhas do caso Zuzu
Angel têm limitações, lacunas e alguns aspectos que
não foram esclarecidos.
O advogado Marcos Pires
disse que, em 1976, morava
no edifício Tiberius, que fica a cerca de 200 m do local
onde a estilista morreu.
Em carta autenticada em
cartório no dia 21 de novembro de 1997, ele escreveu à colunista social Hildegard Angel, filha de Zuzu
Angel, dizendo ter ouvido
na madrugada de 14 de
abril de 76 um barulho estranho de um carro na saída do túnel Dois Irmãos.
Por isso, teria descido do
prédio, com dois amigos,
para ver o que ocorrera.
Na carta, ele não disse que
viu um carro abalroando o
de Zuzu Angel. No último
dia 11, fez essa afirmação
em entrevista à Folha.
Pires demorou mais de 21
anos para se dirigir à família da estilista. Para ele, o
acidente "foi forjado".
O advogado afirma que,
na época da morte da estilista, procurou os políticos
de oposição Marcondes
Gadelha e Antônio Mariz
para relatar o fato.
Embora assegure que o
carro de Zuzu Angel foi
abalroado, Pires diz não saber que automóvel empurrou o Karmann-Ghia.
"Prestei atenção no carro
que caiu, não no outro."
Memória
O advogado Carlos Machado Medeiros enviou
uma declaração à família
Angel, que a entregou à Comissão Especial de Mortos
e Desaparecidos Políticos
do Ministério da Justiça.
Medeiros afirmou ter visto do seu carro uma fechada no Karmann-Ghia de
Zuzu Angel, provocando a
morte da estilista.
Ao conversar no Rio com
um integrante da comissão,
porém, o advogado disse
não se lembrar do fato.
Há três anos, ele sofreu
um acidente automobilístico que provocou problemas cerebrais. Ele tem deficiência de memória e de
coordenação motora.
Dois amigos seus escreveram à comissão contando
que, antes de se acidentar,
Medeiros dizia ter presenciado o suposto atentado
contra Zuzu Angel.
(MM)
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