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NO AR
"Traidor"
NELSON DE SÁ
da Reportagem Local
A entrevista de Itamar
Franco a Boris Casoy, domingo, abalou FHC. Do presidente
da República sobre o ex-presidente da República:
- Tem muita gente cuja
corda na mão é de Silvério dos
Reis e não de Tiradentes.
Como sublinhou gravemente
Boris Casoy, diversas vezes na
Record, o presidente chamou o
ex-presidente, de quem foi ministro e a quem deve a oportunidade de candidatar-se a presidente, de "traidor".
A palavra ecoa longamente,
como um de muitos erros cometidos por Fernando Henrique Cardoso.
Na mensagem ao Congresso,
com leitura ao vivo na TV Senado, FHC evidenciou não estar preparado também para
aceitar outros erros.
Fez um histórico da crise global, semelhante ao do jornal
"The New York Times" dias
atrás, mas chegou a conclusão
oposta. A de que o Plano Real
desabou por acaso, ou melhor,
por culpa de outros:
- Em dezembro, um item do
ajuste -a contribuição dos
servidores- foi rejeitado pelo
Congresso. Em janeiro, Minas
declarou moratória com o governo federal e levantou dúvidas sobre o pagamento de empréstimos externos.
Conclusão:
- Tudo isso gerou incerteza
sobre o cumprimento das metas do ajuste fiscal, revertendo
as expectativas favoráveis dos
investidores. Em consequência, as saídas de capital tornaram a se intensificar.
E só aí veio a desvalorização.
ACM repete diante de Itamar a inesperada reação de
impotência de Paulo Maluf
diante de Mário Covas.
Já em janeiro, em entrevista
a Alexandre Garcia, ACM fugiu de uma pergunta dizendo
preferir não mexer no assunto.
Ontem, citou Itamar da maneira mais oblíqua possível,
em discurso conciliador.
Para a CBN, ACM explicou
que "já é desafeto de Itamar de
longa data e já expressou toda
opinião que tem a respeito".
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