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CASO CECI
Inquérito será concluído esta semana
Polícia decide não indiciar Talvane já
da Agência Folha, em Maceió
O inquérito da Polícia Civil de
Alagoas sobre o assassinato da deputada Ceci Cunha (PSDB-AL) e
de mais três pessoas será concluído esta semana sem indiciar o deputado Talvane Albuquerque
(PTN-AL) como o autor intelectual da chacina.
O processo que será enviado à
Justiça indicia quatro acusados de
serem os autores materiais da
morte de Ceci: Alécio Alves dos
Santos e Jadielson Barbosa Silva,
ambos funcionários de Talvane na
Câmara, o cabo eleitoral Mendonça da Silva e José Alexandre Santos,
acusado de vender as armas do crime para Jadielson e Alécio.
A versão oficial do delegado que
preside o inquérito, Paulo Braz, é a
de que nenhum dos quatro indiciados acusaram o deputado de
mandante do assassinato. ""As evidências levam ao deputado Talvane Albuquerque, mas vamos encerrar o inquérito indiciando apenas os autores materiais", disse.
A Agência Folha apurou que o
não-indiciamento é uma estratégia
das polícias Civil e Federal. Na tese
das polícias, se Albuquerque fosse
indiciado já, os autores do crime
poderiam ganhar liberdade.
Eles estão presos por um decreto
de prisão preventiva, que mantém
uma pessoa detida por até 81 dias
se a instrução processual (processo) não for iniciada.
Se o nome do deputado fosse incluído entre os indiciados, a Justiça
alagoana teria de remeter o processo ao STF, que pediria um parecer
à Procuradoria da República.
Caso concluísse haver indícios
para abrir o processo, o ministro
que relatasse o caso no STF deveria
pedir a quebra da imunidade parlamentar de Albuquerque.
As polícias estimam que, até o
processo chegar ao STF, passar pela Procuradoria e ser enviado à Câmara, seriam consumidos de quatro a seis meses. Isso colocaria os
acusados em liberdade. Pensam
também que, ao não acusar Albuquerque já, podem esperar o resultado do processo de cassação contra ele na Câmara.
(ARI CIPOLA)
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