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"Falb não sabe o que diz", afirma delegado da PF
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O delegado especializado em
questões fundiárias da PF em
Manaus, Anilton Turíbio, disse
que, além de ter admitido sonegação fiscal e contato com uma
rede de venda de terras, Falb
Saraiva de Farias foi preso com
base em investigações de 8 dos
35 inquéritos contra ele.
Os oito inquéritos são de uma
área denominada de Seringal
Palhal, localizada em Canutama (AM), superdimensionada,
segundo o Incra, de 450 hectares para 365 mil hectares.
Os inquéritos estão também
sendo a base para o trabalho da
CPI da Grilagem. Membros da
comissão desconsideraram as
críticas do acusado. "Falb não
sabe o que diz, ele não tem idéia
da documentação que a CPI
dispõe sobre ele."
Segundo Turíbio, as áreas aumentadas foram desmembradas para as empresas Amazonacre Ltda., Ecomex S/A e Day
Shop Supermercados Ltda.,
que tem como sócio o próprio
Falb. "Está comprovado que
houve aumento irregular da
área, com base em escrituras de
reratificação. Ele vendeu para
algumas pessoas e para suas
próprias empresas", disse.
Segundo Turíbio, a situação
de Falb é complicada, pois serão investigadas as vendas de
terras de mais dez áreas, que
totalizam, segundo o Incra, 12
milhões de hectares. "Se pegarmos cada venda dessa, teoricamente seria um estelionato. As
vendas são fictícias. Ele usou
um engodo, produziu documentação falsa para vender
uma terra que não é dele. Aí temos a materialidade do crime."
Em Brasília, o advogado de
Falb, Valcimar de Souza Oliveira, entrou com recurso contra a
prisão, alegando ilegalidade. O
caso está em análise no Tribunal Regional Federal.
(KB)
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